O característico silêncio protocolar e o tratamento formal que marcaram o estilo da ministra Rosa Weber à frente do STF serão substituídos por um ministro cuja maneira de se relacionar com diferentes interlocutores, em praticamente tudo, contrasta com sua antecessora.
Por Redação - de Brasília
Eleito na semana passada para a Presidência do Supremo Tribunal Federal (STF), o ministro Luis Roberto Barroso inicia, a partir do mês que vem, um novo período na Corte, pelo prazo de dois anos, muito diferente deste que se encerra com a ministra Rosa Weber. A posse será no dia 28 de setembro.
O característico silêncio protocolar e o tratamento formal que marcaram o estilo da ministra Rosa Weber à frente do STF serão substituídos por um ministro cuja maneira de se relacionar com diferentes interlocutores, em praticamente tudo, contrasta com sua antecessora. Advogados que têm ações no STF, por exemplo, comentam que Barroso – inclusive pelo fato de continuar dando aulas – fará do diálogo uma das suas marcas no Supremo.
Dessa forma, segundo apurou o diário conservador paulistano O Estado de S. Paulo, a Corte poderá construir uma relação de maior proximidade com trabalhadores e empresários, ambientalistas e representantes do agronegócio, entre outros setores.
Afetividade
Nomeado para o cargo pela presidenta deposta Dilma Rousseff (PT), em 2013, Barroso tem 65 anos. Formado na Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), fez mestrado na Universidade Yale – uma das mais tradicionais e renomadas escolas do mundo – e é Senior Fellow na Harvard Kennedy School. Viúvo, tem dois filhos e é profundamente espiritualizado
Aos amigos tem confessado sua alegria em assumir a presidência do STF neste momento em que ele considera que existe um clima de tanta afetividade na Corte. Acha, dizem colegas próximos, que é preciso desarmar o debate de ideias e pacificar a sociedade brasileira.