O decreto permanecerá em vigor por 60 dias, na tentativa de responder ao aumento das hostilidades, bem como à necessidade de realizar operações de combate tático contra grupos armados organizados nas cinco províncias citadas no texto oficial.
Por Redação, com agências internacionais – de Quito
O Equador amanheceu, nesta quarta-feira, sob um novo estado de emergência, decretado na noite passada pelo presidente, Daniel Noboa, válido para cinco das 24 províncias do país devido à persistência do “conflito armado interno”, declarado no início de janeiro deste ano para tentar conter um surto de gangues criminosas nas ruas e nas prisões.
“Declaro estado de exceção nas províncias de El Oro, Guayas, Los Ríos, Manabí e Santa Elena, no marco da persistência do conflito armado interno”, afirma o decreto publicado no site oficial da presidência do Equador.
O decreto permanecerá em vigor por 60 dias, na tentativa de responder ao aumento das hostilidades, bem como à necessidade de realizar operações de combate tático contra grupos armados organizados nas cinco províncias citadas no texto oficial.
Criminosos
Ao abrigo da nova disposição, o direito à inviolabilidade de domicílio fica suspenso nas províncias afetadas pela medida, podendo ser efetuadas inspeções e buscas pelas Forças Armadas e pela Polícia Nacional.
A declaração, em janeiro deste ano, de um “conflito armado interno”, permitiu ao governo estabelecer uma lista de cerca de vinte organizações criminosas que operam no Equador e classificá-las como “terroristas e atores beligerantes não estatais”.
As gangues identificadas foram: Águilas, ÁguilasKiller, Ak47, Caballeros Oscuros, ChoneKiller, Choneros, Covicheros, Cuartel de las Feas, Cubanos, Fatales, Gánster, Kater Piler, Lagartos, Latin Kings, Lobos, Los p.27, Los Tiburones, Mafia 18, Máfia Trébol, Patrones, R7 e Tiguerones.
Foram registrados acontecimentos violentos nas ruas, durante os últimos dias, com explosões, incêndio de carros e o assassinato de pelo menos dois policiais, enquanto nas prisões ocorreram tumultos de presos que se recusaram a ser transferidos para outras prisões, bem como a retenção de cerca de 200 guias penitenciários e administrativos, posteriormente liberados pela Justiça.