O ex-chanceler, com trânsito junto aos governos latino-americanos e na África, integra sua equipe com nomes próximos e deve contar, por exemplo, com quadros como o diplomata Audo Faleiro, que sofreu retaliações durante o governo Bolsonaro.
Por Redação - de Brasília
Embaixador e ex-ministro das Relações Exteriores, o diplomata Celso Amorim foi nomeado por Luiz Inácio Lula da Silva (PT) assessor-chefe da assessoria especial da Presidência da República. A nomeação do ex-chanceler foi publicada em edição extra do Diário Oficial da União, nesta quinta-feira.
Além de chefe do Itamaraty nos dois primeiros governos de Lula, Amorim, na gestão da presidenta deposta Dilma Rousseff (PT), esteve à frente do Ministério da Defesa. O diplomata será o principal assessor para relações internacionais, em posição idêntica à do assessor Marco Aurélio Garcia durante dois mandatos petistas.
O ex-chanceler, com trânsito junto aos governos latino-americanos e na África, integra sua equipe com nomes próximos e deve contar, por exemplo, com quadros como o diplomata Audo Faleiro, que sofreu retaliações durante o governo Bolsonaro.
Ex-chanceler
Na noite passada, Amorim compareceu ao Palácio do Itamaraty para a cerimônia de transmissão de cargo da embaixadora Maria Laura da Rocha, que se tornou a primeira mulher a ocupar o cargo de secretária-geral do Ministério das Relações Exteriores — o segundo da hierarquia da diplomacia brasileira.
Nos bastidores, chegou-se a ventilar que a indicação de Mauro Vieira para ministro das Relações Exteriores seria uma derrota do ex-chanceler, que teria trabalhado para a indicação de Maria Laura, que foi sua chefe de gabinete no Itamaraty. No entanto, o próprio Vieira foi assessor de Amorim. A nomeação do ex-chanceler significa que ele terá influência na definição da política internacional do Brasil.