Os democratas, surfando a onda da conquista da maioria na Câmara dos Deputados, entram no ciclo presidencial sem um favorito claro para ser o nomeado do partido pela primeira vez desde o início da campanha de 2004.
Por Redação, com Reuters - de Washington
Que comece a corrida pela Casa Branca em 2020. As eleições parlamentares e para diversos Estados na terça-feira deram o tiro de largada para uma disputa longa, cara e sem dúvida dramática pela Presidência dos Estados Unidos. Os democratas, surfando a onda da conquista da maioria na Câmara dos Deputados, entram no ciclo presidencial sem um favorito claro para ser o nomeado do partido pela primeira vez desde o início da campanha de 2004. Mais de duas dúzias de candidatos em potencial, incluindo o ex-vice-presidente Joe Biden e uma leva de senadores, governadores, prefeitos e líderes empresariais, vêm se movimentando há meses para angariar doadores e avaliar suas chances de uma indicação do partido.
Quem certamente estará esperando o vencedor é o presidente Donald Trump, republicano cujos índices de aprovação vêm se mantendo abaixo de 50 por cento desde que tomou posse, mas cuja popularidade dentro de sua legenda tornará qualquer possível desafio de um correligionário altamente improvável.
Trump foi o grande assunto das eleições de meio de mandato de terça-feira, atiçando o comparecimento dos democratas ansiosos para rejeitá-lo e levando muitos candidatos republicanos a jurar apoio a ele ou correr o risco de uma reação negativa de sua base conservadora.
Os democratas já estão se questionando sobre qual candidato, estratégia e abordagem têm mais chances de derrotar Trump em 3 de novembro de 2020, e muitos deles devem se antecipar e entrar na disputa já nos próximos meses.