Rio de Janeiro, 05 de Dezembro de 2025

Dois anos de guerra: Israel e Hamas discutem acordo sob tensão

Na data em que é celebrado o segundo aniversário da tragédia, as famílias das vítimas visitaram o local da ofensiva que culminou em uma guerra na qual 67.173 civis já perderam a vida.

Terça, 07 de Outubro de 2025 às 10:36, por: CdB

Na data em que é celebrado o segundo aniversário da tragédia, as famílias das vítimas visitaram o local da ofensiva que culminou em uma guerra na qual 67.173 civis já perderam a vida.

Por Redação, com ANSA – de Gaza

Há dois anos, no dia 7 de outubro de 2023, o movimento fundamentalista islâmico Hamas lançou o seu maior ataque terrorista contra Israel durante o Festival Nova, no Deserto de Negev, matou 1.250 pessoas e sequestrou aproximadamente 250.

Dois anos de guerra: Israel e Hamas discutem acordo sob tensão | Familiares de vítimas visitaram ao local de massacre
Familiares de vítimas visitaram ao local de massacre

Na data em que é celebrado o segundo aniversário da tragédia, as famílias das vítimas visitaram o local da ofensiva que culminou em uma guerra na qual 67.173 civis já perderam a vida, incluindo 20.179 crianças, e outros 169.780 ficaram feridos, segundo dados do Ministério da Saúde de Gaza, administrado pelo Hamas.

No palco do ataque, o grupo vai observar um minuto de silêncio em homenagem a todos os afetados pelo conflito, enquanto centenas de israelense vão se reunir em vários outros locais do país para lembrar o dia do atentado.

As celebrações foram realizadas enquanto negociadores israelenses e do Hamas se reuniram no Egito para discutir um possível acordo de paz na Faixa de Gaza.

Segundo a Al-Qahera News, veículo de comunicação ligado aos serviços de inteligência do Cairo, as conversas para encerrar a guerra estão “positivas” e uma segunda rodada será feita em Sharm el-Sheikh ainda nesta terça-feira.

Israel e Hamas devem iniciar negociações indiretas sobre os detalhes de uma proposta do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, para uma troca de prisioneiros e um cessar-fogo de longo prazo.

Na primeira conversa no Egito, o Hamas teria “concordado em entregar suas armas a um comitê egípcio-palestino, recusando-se categoricamente a confiar a gestão da Faixa de Gaza a um comitê de transição internacional”, revelou a agência Efe do Cairo, citando uma fonte palestina informada.

Hamas

Além disso, o Hamas teria proposto negociar a gestão de Gaza com a Autoridade Nacional Palestina e rejeitado a presença de Tony Blair como governador do enclave, ao mesmo tempo em que “aceita que ele assuma um papel de monitoramento remoto”.

Em um comunicado divulgado por ocasião do segundo aniversário do ataque, o Hamas também condenou um “fracasso árabe sem precedentes” em relação à situação na Faixa de Gaza.

“Israel continua sua guerra brutal contra o povo palestino, cometendo massacres contra civis indefesos, em meio a um silêncio vergonhoso e à cumplicidade internacional, e um fracasso árabe sem precedentes”, diz o texto, citado pela Al Jazeera.

De acordo com o Hamas, dois anos depois, o “povo permanece enraizado em sua terra, agarrando-se aos seus direitos legítimos diante dos planos de liquidação e deslocamento forçado”.

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