Polícia Civil investiga possível ligação entre disputa interna no grupo paramilitar com assassinatos. Ação foi gravada por testemunhas.
Por Redação, com Agenda do Poder – do Rio de Janeiro
A Polícia Civil investiga a possível ligação entre uma disputa interna pelo controle da milícia da Baixada Fluminense com um ataque com mais de 100 tiros que deixou três mortos na madrugada de quinta-feira em frente a um bar em Nova Iguaçu.

As vítimas foram surpreendidas ao saírem de um carro em frente ao estabelecimento lotado no bairro Jardim Monte Castelo, causando pânico.
Segundo testemunhas, dois homens armados com fuzis desceram de um carro preto e abriram fogo contra as vítimas, que haviam acabado de chegar.
Dois dos mortos estavam sendo investigados por possível ligação com a milícia local, responsável por ameaçar e extorquir dinheiro de moradores.
Homicídios e armas: quem eram os mortos
Investigações da Polícia Civil indicam que um dos mortos, Luiz Carlos Cruz, o Nem Corolla, havia se desentendido com a cúpula da milícia e estaria organizando um novo grupo na região.
Ele tinha sete anotações criminais. Cinco delas por homicídio. Ele inclusive foi denunciado pelo Ministério Público pelo assassinato de Nilton Gonçalves de Oliveira, morto em uma praça em Vassouras (RJ) em setembro de 2021. A vítima era pai do ex-prefeito da cidade, Renan Vinícius Santos de Oliveira. Nem Corolla foi flagrado em vídeo descendo do carro e disparando três vezes contra a vítima, que estava tomando café.
Antony Cruz Eiras, também morto no local, possuía 14 anotações criminais, incluindo suspeitas de homicídio e lesão corporal. Já Patrick Vieira dos Santos estava com um revólver calibre 38 e munição.