Dino foi indicado pelo presidente Lula, em 27 de novembro e aprovado pelo Senado em 13 de dezembro, com 47 votos favoráveis, 31 contrários e duas abstenções. Trata-se de uma vitória expressiva de Lula, que manteve a escolha de um de seus ministros mais combativos.
Por Redação - de Brasília
O senador e ex-ministro da Justiça Flávio Dino assumiu, nesta quinta-feira, uma cadeira no Supremo Tribunal Federal (STF), em cerimônia solene para 800 convidados. Nascido em São Luís, no Maranhão, ele chega à Corte aos 55 anos para ocupar a vaga aberta com a aposentadoria da ministra Rosa Weber, formalizada em setembro de 2023. Mais de 800 pessoas compareceram à solenidade, que contou com a presença do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Dino foi indicado pelo presidente Lula, em 27 de novembro e aprovado pelo Senado em 13 de dezembro, com 47 votos favoráveis, 31 contrários e duas abstenções. Trata-se de uma vitória expressiva de Lula, que manteve a escolha de um de seus ministros mais combativos.
O modo como Dino comandou o Ministério da Justiça, em especial após o 8 de Janeiro, despertou a ira de bolsonaristas, que o transformaram em alvo preferencial, nas redes sociais. Os ataques às sedes dos Três Poderes colocaram o ministro no centro de uma acalorada discussão no plenário do Supremo, meses antes de ele ser indicado à Corte.
‘Tenha dó’
Em um dos julgamentos de réus envolvidos nos atos, André Mendonça discutiu com o relator dos processos, Alexandre de Moraes, e disse em tom de ironia que “o Brasil quer ver esses vídeos do Ministério da Justiça”. Foi uma referência a uma das bandeiras que a oposição bolsonarista levantou, no ano passado, para desgastar Dino e o presidente Lula.
— Vossa excelência vem, no Plenário do STF, que foi destruído, dizer que houve uma conspiração do governo contra o próprio governo? Tenha dó — devolveu Moraes a Mendonça, em 14 de setembro.
A presença de Dino no STF fortalece também Moraes e o decano Gilmar Mendes, fiadores da indicação do ex-ministro da Justiça.