Um desabamento de casa na Rua Luís de Góis, na Vila Saúde, Zona Sul de São Paulo, resultou na morte de duas pessoas na manhã desta quinta-feira.
Segundo informações do Corpo de Bombeiros da capital, 15 viaturas estão no local. As vítimas foram retiradas sem vida, dos escombros.
Uma pessoa foi retirada do local com esmagamento de uma das mãos.
[embed]https://twitter.com/BombeirosPMESP/status/1402982895577301001?ref_src=twsrc%5Etfw%7Ctwcamp%5Etweetembed%7Ctwterm%5E1402982895577301001%7Ctwgr%5E%7Ctwcon%5Es1_c10&ref_url=https%3A%2F%2Fagenciabrasil.ebc.com.br%2Fgeral%2Fnoticia%2F2021-06%2Fdesabamento-de-casa-faz-duas-vitimas-na-zona-sul-de-sao-paulo[/embed]
Os bombeiros informaram que o acidente ocorreu em um canteiro de obras. Um trator executava o serviço de demolição de uma estrutura, quando colidiu com a edificação, que desabou sobre os trabalhadores.
As vítimas foram localizadas pelo Grupo de Ações de Emergências e Desastres, GAED do Corpo de Bombeiros.
Até a última atualização desta reportagem, a identidade e a idade dos mortos não tinha sido divulgada.
Desigualdade no acesso à água e esgoto
Se depender do governador João Doria (PSDB), a universalização do acesso à agua potável e ao tratamento de esgoto no Estado de São Paulo estará ainda mais distante. A Assembleia Legislativa paulista aprovou na segunda-feira o Projeto de Lei (PL) 251/21, de autoria do tucano, que deve perpetuar a desigualdade no acesso ao direito humano ao saneamento básico. Conforme o governo e seus apoiadores no Legislativo, a proposta regulamenta no Estado o Marco Legal do Saneamento. A promessa é levar água e esgoto para todos. Para partidos de oposição, porém, na prática será bem diferente.
Para a bancada do PT, que influenciou diversos outros partidos a rejeitar a proposta, o projeto aprovado que seguiu para sanção do governador é repleto de defeitos e brechas. A única certeza é a divisão do Estado em quatro blocos, sendo um deles da Sabesp. Os outros três serão explorados por outras empresas, todas do setor privado.
Fornecimento de água e esgoto
O PL não obriga prefeitos a contratos com as empresas de saneamento. E praticamente não pune aqueles que não aderirem. A penalidade é o município ficar sem receber verbas federais, o que ainda não existe. É também uma incógnita o modelo de gestão de cada bloco e do próprio serviço em municípios que já atendem a área de água e esgoto. Planos regionais vão se sobrepor a planos municipais? Não se sabe.
Além disso, questões como águas fluviais, drenagem, tratamento do resíduo sólido, bacias hidrográficas, regiões metropolitanas e aglomerados urbanos foram excluídos da propositura de João Doria. E não foi por falta de sugestão e alertas de deputados e de integrantes do Ministério Público Estadual.
As críticas incluem a falta de diálogo. Prefeitos e secretários, representantes da sociedade civil, do Ministério Público estadual e dos comitês de Bacia Hidrográficas, da população, técnicos e pesquisadores não foram ouvidos. E das 22 emendas apresentadas, apenas quatro foram acatadas.
Projeto de Doria
Duas foram propostas pela líder da bancada do PT, deputada Professora Bebel. Uma é sobre o uso consciente da água, prevendo acréscimo na tarifa e/ou taxa para consumidores que fizerem uso impróprio da água. E a segunda estabelece princípios que deverão ser observados pelas unidades regionais de saneamento básico na elaboração de seus planos regionais.
Entre eles, voltados à preservação ambiental e defesa do consumidor, garantindo agilidade nos reparos necessários na rede física, tanto de distribuição de água tratada, quanto a rede coletora de esgotos, incentivo ao uso de água de reuso e estímulo ao uso consciente da água, tratamento dos rios e gestão com participação popular.
A aprovação açodada do projeto, cheio de lacunas, expôs mais do que a intransigência do governo Doria. Revelou a falta de uma política estadual de saneamento que garanta universalização do serviço básico no Estado mais rico da federação. E também que a questão tem de ser melhor discutida, apesar da aprovação.