Rio de Janeiro, 21 de Novembro de 2024

Denúncias contra Bolsonaro na ONU se somam a outras, na CPI da covid

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Segunda, 28 de Junho de 2021 às 11:07, por: CdB

A reunião para debater a questão do genocídio aconteceu no Conselho de Direitos Humanos da ONU, em Genebra. Especialistas ouvidos por correspondentes internacionais da mídia conservadora brasileira, desde o início, não esperavam uma tomada imediata de sanções contra o Brasil.

10h59 - de Brasília e Nova York, NY-EUA

O governo do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) tornou-se alvo de denúncias na Organização das Nações Unidas (ONU), nesta segunda-feira, por genocídio tanto no que se refere à população negra como na questão indígena. Violência policial e racismo no país também pesaram na agenda de um dia tenso para a diplomacia brasileira.

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O governo do presidente Bolsonaro foi taxado de 'genocida' por comunidades negras e indígenas, junto ao Conselho de Direitos Humanos da ONU

A reunião para debater a questão do genocídio aconteceu no Conselho de Direitos Humanos da ONU, em Genebra. Especialistas ouvidos por correspondentes internacionais da mídia conservadora brasileira, desde o início, não esperavam uma tomada imediata de sanções contra o Brasil, ou qualquer coisa parecida, mas o fato marca uma narrativa quanto aos fenômenos de violações de direitos humanos em diferentes partes do mundo, em especial no Brasil, sob o flagelo do neofascismo.

Um dos grupos prontos para denunciar o Brasil, na ONU, era a Justiça Global. O objetivo da ONG, de chamar a atenção internacional para a situação vivida pela juventude negra no país, foi levado adiante e o termo genocídio, usado para denunciar o Brasil durante o encontro. Os indígenas brasileiros também usaram o encontro para denunciar o país, de forma mais específica sobre situações de grupos como os Yanomanis e os ataques sofridos nas últimas semanas.

O que os grupos definiram como objetivo foi a inserção da realidade brasileira no radar da conselheira especial do secretário-geral da ONU para a prevenção de Genocídio, Alice Wairimu Nderitu, com argumentos baseados em fatos.

Mais provas

Se a semana do presidente Bolsonaro começou mal, na ONU, não foi diferente no Brasil. Nesta manhã, o empresário Carlos Wizard anunciou, em rede social, que desembarcou em Campinas, cidade onde mora, e se prepara para viajar a Brasília para falar na CPI da Covid, na quarta-feira. O que espera pelo amigo pessoal do mandatário é uma saraivada de perguntas indigestas, entre elas a relação de seus negócios com a importação vacinas com sobrepreço.

As atenções em torno do depoimento do bilionário cresceram porque ele vinha resistindo a se apresentar. Chegou a faltar ao evento e teve um pedido de condução coercitiva, com a Polícia Federal batendo à porta de sua residência. 

Na internet, o empresário publicou que foi para o Utah, nos Estados Unidos, em março, onde seus pais moram há mais de 30 anos. Depois, seguiu para a Flórida para acompanhar a gravidez de uma filha, que lhe dará o 19º neto. Ele não explicou, no entanto, como foi localizado pela Polícia Internacional (Polinter) na Cidade do México.

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