A nova conjuntura, que exige a instalação da CPMI, porém, “em nenhum momento afetará o calendário” de tramitação das medidas provisórias de interesse do Planalto e os trabalhos das comissões mistas instaladas para analisá-las, acrescentou. A votação do novo arcabouço fiscal, segundo afirmou, será mantido.
Por Redação - de Brasília
Ministro das Relações Institucionais, o deputado licenciado Alexandre Padilha (PT-SP) admite que a realidade, após a demissão do general Gonçalves Dias (GDias), com o vazamento das imagens do dia 8 de janeiro de dentro do Palácio do Planalto. Padilha admite, agora, que o governo não vê outra possibilidade senão ampliar as investigações sobre o golpe fracassado. A intenção da oposição de criar uma CPMI para investigar o ataque à democracia passou a ser apoiada pelo governo.
— A CPMI será a pá de cal na teoria conspiratória — afirmou o ministro.
A nova conjuntura, que exige a instalação da CPMI, porém, “em nenhum momento afetará o calendário” de tramitação das medidas provisórias de interesse do Planalto e os trabalhos das comissões mistas instaladas para analisá-las, acrescentou. A votação do novo arcabouço fiscal, segundo afirmou, será mantido.
‘Terraplanismo’
Padilha disse, ainda, que o Palácio do Planalto e os líderes do governo, no Congresso, apoiarão e vão acelerar a instalação da CPMI.
— Vamos enfrentar esse debate político que (…) tentam criar. Tentam criar uma teoria da conspiração absurda, um verdadeiro ‘terraplanismo’, de que as vítimas (o STF, o Palácio do Planalto e o Congresso Nacional) têm responsabilidade sobre a atuação dos terroristas — acrescentou.
Na véspera, o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou o prazo de 48 horas para a Polícia Federal (PF) tomar o depoimento do agora ex-ministro GDias; além de identificar todos os agentes que tiveram os rostos borrados nas imagens vazadas no vídeo que circula pelas redes sociais.
Biografia
O ministro ordenou também a intimação “imediata” do ministro interino do GSI, Ricardo Cappelli, para identificar todos os servidores civis e militares mostrados no vídeo vazado.
Questionado sobre a demissão do ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional, Padilha respondeu que sem o cargo no GSI ele terá mais condições de se defender e apresentar sua versão.
— Um vídeo vazado com edição não é suficiente para destruir uma biografia. Mas tem que ser apurado não só o GDias, e sim todos os que estavam nos vídeos — concluiu.