No entendimento da cúpula do PL, a situação dos presentes caríssimos enviados como supostos mimos pelo governo da Arábia Saudita para Bolsonaro demonstra que ele terá consequências na Justiça por um longo período, o que já abala a imagem de austeridade do ex-mandatário neofascista.
Por Redação - de Brasília
O PL, partido de Jair Bolsonaro, estaria a um passo de abandonar os planos de lançá-lo candidato de volta ao posto que ocupou, nas próximas eleições presidenciais. Integrantes da sigla têm dito, com mais veemência à mídia conservadora, estar convictos de que o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) vai considerá-lo inelegível. Diante do cenário catastrófico que se apresenta, após a eclosão do escândalo das joias, entre outros, a aposta do partido seria investir na preparação de Michelle Bolsonaro para a campanha 2026.
No entendimento da cúpula do PL, a situação dos presentes caríssimos enviados como supostos mimos pelo governo da Arábia Saudita para Bolsonaro demonstra que ele terá consequências na Justiça por um longo período, o que já abala a imagem de austeridade do ex-mandatário neofascista.
Viagens
Embora o partido ainda acredite que Michelle tenha sido menos afetada do que Bolsonaro pelas revelações das joias, seus aliados estão preocupados com o caso, uma vez que a resposta da ex-primeira-dama também deixa dúvidas quanto à sua honestidade. A repercussão da história levou o partido a adiar uma série de viagens que Michelle faria pelo país, que estava inicialmente prevista para esta semana.
Michelle Bolsonaro tem sido citada como opção para concorrer ao Senado pelo Distrito Federal em 2026, mas também é lembrada para a disputar à Presidência da República, caso seu marido seja impedido pela Justiça Eleitoral, devido inclusive ao seu possível envolvimento na trama golpista, frustrada pela ação das instituições democráticas no último dia 8 de Janeiro.