Os advogados do dirigente partidário da extrema direita também tentam reaver o passaporte de Bolsonaro e alguns computadores apreendidos pela PF. O documento enviado ao Supremo sustenta que o presidente do PL não tem participação nos crimes investigados e colabora com a Justiça.
Por Redação – de Brasília
Os advogado do presidente do PL, Valdemar Costa Neto, voltaram a pedir que o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), autorize seu contato com o ex-presidente Jair Bolsonaro. O pedido, enviado à Corte em 24 de junho, argumenta que os dirigentes precisam se encontrar presencialmente para definir estratégias para as eleições municipais deste ano.
Moraes vetou o contato entre os dois no âmbito da Operação Tempus Veritatis, que investiga uma suposta articulação golpista para reverter a vitória de Lula (PT) em 2022. Bolsonaro é investigado pela Polícia Federal (PF), como possível líder do golpe fracassado em 8 de Janeiro. A solicitação de Costa Neto consta de um agravo regimental, instrumento utilizado para questionar decisões monocráticas — aquelas que são proferidas por apenas um magistrado.
Contato
Os advogados do dirigente partidário também tentam reaver seu passaporte e alguns computadores apreendidos pela Polícia Federal. O documento enviado ao Supremo sustenta que o presidente do PL não tem participação nos crimes investigados e colabora com a Justiça.
Desde que o contato foi proibido, em 8 de fevereiro, Bolsonaro e o presidente do PL têm recorrido a intermediários para tratar de assuntos importantes. Quando vão à sede da legenda, costumam deixar seguranças e assessores de sobreaviso para evitar que se esbarrem ao chegar ou sair do prédio.
Bolsonaro também responde a processos, no STF, por desvio de bens milionário do Erário; por falsificação de documentos e pelo crime de golpe de Estado, ao pregar a ruptura violenta do Estado democrático e de Direito.