Internamente, o entendimento majoritário seria de que o PL depende de acordos com outras siglas, caso quisesse ser competitivo em uma eleição à presidência da Casa. Mas, por defender os ideais bolsonaristas e possuir quadros tidos como "radicais", a legenda teria pouca chance de encabeçar a disputa com o apoio de outras legendas.
Por Redação – de Brasília
Ao anunciar que o PL, partido do ex-presidente Jair Bolsonaro, lançará candidatura própria à Presidência da Câmara em 2025, o presidente da legenda, Valdemar da Costa Neto, causou surpresa entre os integrantes da bancada, a maior da Casa, com 98 parlamentares. Deputados da legenda avaliam, no entanto, que a iniciativa tem chances mínimas de prosperar e serve apenas, no momento, como instrumento para fortalecer uma eventual composição com o presidente atual, deputado Arthur Lira, líder do chamado ‘Centrão’.
Internamente, o entendimento majoritário seria de que o PL depende de acordos com outras siglas, caso quisesse ser competitivo em uma eleição à presidência da Casa. Mas, por defender os ideais bolsonaristas e possuir quadros tidos como "radicais", a legenda teria pouca chance de encabeçar a disputa com o apoio de outras legendas.
Reta final
Com uma candidatura lançada, o PL poderia negociar a desistência da presidência da Câmara em troca do comando de comissões e suplências de outra candidatura, uma vez que poderia ser um "fiel da balança". Este quadro é avaliado como estratégico para os integrantes da agremiação partidária, uma vez que a derrota em uma eventual disputa logo no primeiro turno na eleição para a Câmara significaria um desgaste.
Ainda que Costa Neto afirme que a escolha ainda passará por um processo interno sob a coordenação do deputado Luiz Philippe de Orleans e Bragança (SP), o nome do líder do PL na Câmara, Altineu Côrtes (RJ), aparece como o principal favorito, com apoio de Bolsonaro, para a missão de renunciar, na reta final, para um nome de consenso dentro das forças de direita.