A ação é apoiada pelo Brasil e pede que a CIJ, tribunal com sede em Haia, na Holanda, declare que o país judeu violou a Convenção para Prevenção e Repressão do Crime de Genocídio durante o conflito contra o grupo fundamentalista Hamas na Faixa de Gaza.
Por Redação, com ANSA - de Haia
Começou nesta quinta-feira a audiência da Corte Internacional de Justiça (CIJ), principal órgão judiciário da Organização das Nações Unidas (ONU), sobre uma acusação da África do Sul contra Israel.
A ação é apoiada pelo Brasil e pede que a CIJ, tribunal com sede em Haia, na Holanda, declare que o país judeu violou a Convenção para Prevenção e Repressão do Crime de Genocídio durante o conflito contra o grupo fundamentalista Hamas na Faixa de Gaza.
A guerra já matou mais de 23 mil palestinos em pouco mais de três meses, segundo as autoridades do enclave, e é uma reação a atentados terroristas cometidos pelo Hamas em 7 de outubro, que fizeram 1,2 mil vítimas em Israel.
– A situação é tal que especialistas agora preveem que um número ainda maior de pessoas em Gaza pode morrer de fome e doenças – disse a advogada da África do Sul na CIJ, Adila Hassim.
Na quarta-feira, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva manifestou apoio do Brasil à ação movida pela África do Sul e denunciou "flagrantes violações ao direito internacional humanitário" durante a guerra no Oriente Médio.
Por sua vez, o ministro das Relações Exteriores da Itália, Antonio Tajani, reconheceu que os ataques israelenses no enclave palestino "atingem a população civil", mas disse que "genocídio é outra coisa".
– Não se pode esquecer aquilo que aconteceu em 7 de outubro, quando cidadãos israelenses foram pegos um por um com uma violência inimaginável – afirmou o também vice-premiê italiano.
Por outro lado, Tajani convidou "Israel a não superar os limites da justa reação para derrotar o Hamas".
Gaza
Ainda antes do início da audiência em Haia, o premiê israelense, Benjamin Netanyahu, disse nas redes sociais que "não tem intenção de ocupar Gaza de modo permanente ou de deslocar sua população civil".
– Israel está combatendo terroristas do Hamas, não a população palestina, e estamos fazendo isso em plena conformidade com a lei internacional – assegurou.