As conclusões do relatório recolocaram a Colômbia no topo da lista dos países mais violentos para os ambientalistas, depois de os assassinatos terem diminuído em 2021 em comparação com os anos de 2019 e 2020.
Por Redação, com Reuters - de Londres
A Colômbia foi o lugar mais perigoso para ambientalistas em 2022, com ao menos 60 defensores ambientais e de direitos fundiários mortos no país, disse o grupo de defesa britânico Global Witness em relatório divulgado na terça-feira.
A organização não governamental (ONG) Global Witness descobriu que pelo menos 177 ambientalistas foram mortos em todo o mundo no ano passado. A América Latina foi responsável por 88% dos assassinatos.
– Na Colômbia e em outros lugares, os povos indígenas, as comunidades afrodescendentes, os pequenos agricultores e os ativistas ambientais foram cruelmente visados – disse Laura Furones, conselheira sênior da Campanha de Defensores da Terra e do Meio Ambiente da Global Witness.
Mais violentos para os ambientalistas
As conclusões do relatório recolocaram a Colômbia no topo da lista dos países mais violentos para os ambientalistas, depois de os assassinatos terem diminuído em 2021 em comparação com os anos de 2019 e 2020.
Desde que assumiu o poder em agosto do ano passado, o governo do presidente Gustavo Petro, de esquerda, prometeu intensificar as iniciativas para deter a violência.
– É realmente uma estatística vergonhosa para o país – disse a ministra do Meio Ambiente, Susana Muhamad, em mensagem de vídeo.
Em outubro do ano passado, o governo Petro aprovou lei que ratifica o acordo de Escazu sobre proteção ambiental.
O acordo, adotado na região homônima de Escazu, na Costa Rica, em março de 2018, inclui disposições para proteger os ambientalistas, entre outras. A lei ainda não foi aprovada pelo Tribunal Constitucional da Colômbia.