Alguns exemplos de simpatizantes de Lula no PDT são o senador Weverton Rocha, pré-candidato ao governo do Maranhão, e o ex-prefeito de Niterói Rodrigo Neves, que quer concorrer ao governo do Rio. Na outra ponta, Ciro tem a esperança de contar com dissidências regionais do PSB, partido que apoia Lula.
Por Redação, com OESP - de São Paulo
Presidente do PDT, Carlos Lupi admitiu haver pré-candidatos do partido nos Estados que vão apoiar Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na disputa ao Palácio do Planalto, ao adiantar que está ciente das traições eleitorais que ocorrerão, inexoravelmente.
— Isso faz parte. Cada candidato quer olhar o eleitor local — disse Lupi ao diário conservador paulistano O Estado de S. Paulo (OESP), nesta sexta-feira.
Espírito Santo
Lupi também fez questão de afirmar que os infiéis não serão punidos. O nome do PDT para a eleição presidencial é o do ex-ministro Ciro Gomes, que costuma fazer duras críticas ao petista, mas é o voto certo de muitos de seus correligionários.
— O Lula, em alguns Estados, principalmente no Nordeste, é muito forte hoje — afirmou Lupi.
Alguns exemplos de simpatizantes de Lula no PDT são o senador Weverton Rocha, pré-candidato ao governo do Maranhão, e o ex-prefeito de Niterói Rodrigo Neves, que quer concorrer ao governo do Rio. Na outra ponta, Ciro tem a esperança de contar com dissidências regionais do PSB, partido que apoia Lula, mas tem conflitos com o PT em alguns Estados.
Candidato à reeleição, o governador do Espírito Santo, Renato Casagrande, que é do PSB, faz acenos a Ciro.
—Ele (Renato) tem um compromisso com a gente de abrir o palanque para o Ciro. Não exclusivo, mas vai abrir — espera Lupi.
Gaúchos
O governador participou na última terça-feira, de uma transmissão ao vivo promovida por Ciro e disse que o PSB “tem que avaliar até onde pode ir nessa conversa com o PT”. Casagrande foi um dos principais obstáculos para que houvesse uma federação entre PT e PSB, que forçaria as duas legendas a tomar as mesmas posições em âmbito nacional, estadual e municipal por, no mínimo, quatro anos.
—Temos decisão a ser tomada no Rio de Janeiro, aqui no Espírito Santo, no Rio Grande do Sul, em São Paulo. Tem uma aliança nacional formada, consolidada, bem organizada, mas ainda temos até julho para poder discutir alguns Estados — afirmou o governador, durante o programa com Ciro Gomes.
No Rio Grande do Sul, ainda segundo Lupi, a situação ainda é indefinida.
— O pré-candidato ao governo do Rio Grande do Sul pelo PSB, Beto Albuquerque, disse existir essa possibilidade (de uma aliança com Gomes), embora o partido esteja na aliança do ex-presidente Lula — concluiu.