Rio de Janeiro, 05 de Dezembro de 2025

Cid confessa que agiu sob ordens de Bolsonaro, diz revista

Mauro Cid cumpre prisão preventiva há três meses em um unidade do Batalhão de Polícia do Exército, em Brasília. Ao longo dos últimos quatro anos, o militar serviu ao então comandante-em-chefe das Forças Armadas.

Quinta, 17 de Agosto de 2023 às 20:36, por: CdB

Mauro Cid cumpre prisão preventiva há três meses em um unidade do Batalhão de Polícia do Exército, em Brasília. Ao longo dos últimos quatro anos, o militar serviu ao então comandante-em-chefe das Forças Armadas.


Por Redação - de Brasília

Ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), o tenente-coronel Mauro Cid teria decidido confessar que cumpriu ordens do chefe ao vender as joias milionárias doadas ao Erário por governos estrangeiros. Segundo Mauro Cid, de acordo com a revista semanal de ultradireita Veja, na edição que chega às bancas neste fim de semana, ele entregou os valores obtidos em espécie ao ex-mandatário neofascista.

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O tenente-coronel Mauro Cid teve a carreira terminada após servir como ajudante de ordens de Bolsonaro e agora teria tomado coragem para denunciá-lo


Mauro Cid cumpre prisão preventiva há três meses em um unidade do Batalhão de Polícia do Exército, em Brasília. Ao longo dos últimos quatro anos, o militar serviu ao então comandante-em-chefe das Forças Armadas. Cid foi preso depois que a Polícia Federal (PF) descobriu a falsificações dos comprovantes de vacinação dele, de sua família, do próprio ex-presidente da República e seus familiares.

Prisão


As investigações prosseguiram e no telefone do militar, apreendido com autorização judicial, foi encontrado o roteiro de um plano golpista para anular o resultado das eleições de 2022, entre outras evidências de ligação com o golpe de Estado fracassado em 8 de Janeiro. Há, ainda, indícios de que o oficial do Exército também se envolveu numa insólita tentativa de vender joias, relógios, canetas e outros presentes recebidos por Bolsonaro durante o mandato, em um esquema criminoso montado para render uma pequena fortuna para o ex-presidente.

Diante mais uma denúncia sobre o escândalo que, nesta quinta-feira, ganhou contornos mais evidentes quanto à participação de Bolsonaro no 8/1 e no furto qualificado de bens da União, o silêncio tanto do principal suspeito de comandar uma quadrilha internacional quanto de seus apoiadores, nas redes sociais, apenas agrava a situação jurídica e amplia a expectativa para um mandado de prisão contra ele e sua mulher, Michelle, nas próximas horas.

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