Mauro Cid cumpre prisão preventiva há três meses em um unidade do Batalhão de Polícia do Exército, em Brasília. Ao longo dos últimos quatro anos, o militar serviu ao então comandante-em-chefe das Forças Armadas.
Por Redação - de Brasília
Ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), o tenente-coronel Mauro Cid teria decidido confessar que cumpriu ordens do chefe ao vender as joias milionárias doadas ao Erário por governos estrangeiros. Segundo Mauro Cid, de acordo com a revista semanal de ultradireita Veja, na edição que chega às bancas neste fim de semana, ele entregou os valores obtidos em espécie ao ex-mandatário neofascista.
Mauro Cid cumpre prisão preventiva há três meses em um unidade do Batalhão de Polícia do Exército, em Brasília. Ao longo dos últimos quatro anos, o militar serviu ao então comandante-em-chefe das Forças Armadas. Cid foi preso depois que a Polícia Federal (PF) descobriu a falsificações dos comprovantes de vacinação dele, de sua família, do próprio ex-presidente da República e seus familiares.
Prisão
As investigações prosseguiram e no telefone do militar, apreendido com autorização judicial, foi encontrado o roteiro de um plano golpista para anular o resultado das eleições de 2022, entre outras evidências de ligação com o golpe de Estado fracassado em 8 de Janeiro. Há, ainda, indícios de que o oficial do Exército também se envolveu numa insólita tentativa de vender joias, relógios, canetas e outros presentes recebidos por Bolsonaro durante o mandato, em um esquema criminoso montado para render uma pequena fortuna para o ex-presidente.
Diante mais uma denúncia sobre o escândalo que, nesta quinta-feira, ganhou contornos mais evidentes quanto à participação de Bolsonaro no 8/1 e no furto qualificado de bens da União, o silêncio tanto do principal suspeito de comandar uma quadrilha internacional quanto de seus apoiadores, nas redes sociais, apenas agrava a situação jurídica e amplia a expectativa para um mandado de prisão contra ele e sua mulher, Michelle, nas próximas horas.