Rio de Janeiro, 14 de Dezembro de 2025

Chile decide presidência em segundo turno marcado por polarização

De um lado está a comunista Jeannette Jara, líder de uma coalizão de centro-esquerda alinhada ao atual governo progressista de Gabriel Boric e que venceu o primeiro turno com 26,4% dos votos.

Domingo, 14 de Dezembro de 2025 às 11:08, por: CdB

De um lado está a comunista Jeannette Jara, líder de uma coalizão de centro-esquerda alinhada ao atual governo progressista de Gabriel Boric e que venceu o primeiro turno com 26,4% dos votos.

Por Redação, com ANSA – de Santiago, no Chile

Mais de 15 milhões de chilenos foram às urnas neste domingo para escolher o novo presidente do país em um segundo turno eleitoral, que coloca frente a frente dois candidatos com visões políticas opostas.

Chile decide presidência em segundo turno marcado por polarização | Jeannette Jara e José Antonio Kast disputam eleição presidencial
Jeannette Jara e José Antonio Kast disputam eleição presidencial

De um lado está a comunista Jeannette Jara, líder de uma coalizão de centro-esquerda alinhada ao atual governo progressista de Gabriel Boric e que venceu o primeiro turno com 26,4% dos votos.

Do outro, está o ultraconservador José Antonio Kast, que disputa a presidência pela terceira vez e aparece como favorito na maioria das pesquisas de intenção de voto, apesar de ter ficado atrás de Jara no primeiro turno.

Antes do segundo turno, Kast consolidou o apoio dos outros dois candidatos da direita eliminados na primeira fase da disputa: Evelyn Matthei e Johannes Kaiser, reforçando sua base eleitoral.

A campanha tem sido marcada por intensos debates sobre segurança pública, imigração e economia, temas centrais para o eleitorado chileno.

Ex-ditador Augusto Pinochet

Admirador declarado do ex-ditador Augusto Pinochet, Kast defende uma agenda alinhada à direita internacional, com propostas de fechamento de fronteiras, expulsão de imigrantes em situação irregular e endurecimento no combate ao crime.

Já Jara aposta em um discurso voltado à retomada do crescimento econômico, que segue lento, e à redução da desigualdade social — fator que esteve na origem dos protestos massivos de 2019.

No entanto, diante da forte preocupação da população com a violência, a candidata comunista também incorporou à sua plataforma promessas de maior rigor no enfrentamento da criminalidade.  

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