A mudança ocorre na esteira do último relatório de emprego, o payroll, que apontou uma desaceleração da criação de vagas e o aumento da taxa de desemprego no país. O dado inclusive foi o gatilho para o pessimismo que impactou as bolsas mundiais no início da semana.
Por Redação, com Bloomberg – de Nova York, NY-EUA
O banco norte-americano JP Morgan voltou a elevar as chances de uma recessão nos Estados Unidos até o fim deste ano, citando a desaceleração do mercado de trabalho no país. Em relatório divulgado nesta quinta-feira, o banco passou a enxergar chances de 35% de retração da maior economia do mundo. Anteriormente, a projeção era de 25%.
A mudança ocorre na esteira do último relatório de emprego, o payroll, que apontou uma desaceleração da criação de vagas e o aumento da taxa de desemprego no país. O dado inclusive foi o gatilho para o pessimismo que impactou as bolsas mundiais no início da semana. O temor fez com que o índice Nikkei, de Tóquio, registrasse o pior resultado da história na segunda-feira.
“A inflação salarial dos EUA está agora desacelerando de uma forma não observada em outras economias desenvolvidas”, disseram os economistas da corretora de Wall Street, em nota aos clientes.
Reunião
A instituição espera que o Federal Reserve (Fed, o Banco Central dos EUA) “rompa com o gradualismo” e reduza as taxas de juros em pelo menos 100 pontos-base até o fim do ano. De acordo com a plataforma CME Group – que acompanha as expectativas do mercado financeiro sobre as taxas de juros – os agentes estão precificando uma chance de 100% de um corte de 50 pontos-base na taxa de juros na próxima reunião, marcada para setembro.
“A flexibilização das condições do mercado de trabalho aumenta a confiança tanto de que a inflação dos preços dos serviços diminuirá e de que a atual postura de política monetária do Fed é restritiva”, resumiram os economistas do banco.