Conquistaram contratos no leilão 22 empreendimentos, que somam 557,45 MW de potência e cerca de R$ 2,95 bilhões em investimentos. Do total de projetos, 12 são pequenas hidrelétricas, que venderam energia suficiente para fazer frente à obrigatoriedade de contratação de 50% da demanda do leilão nessa fonte.
Por Redação, com Reuters - de São Paulo
O leilão de energia A-5, realizado nesta sexta-feira, repetiu o histórico de baixa contratação de novos projetos de geração para atendimento do mercado regulado, que vem diminuindo de tamanho nos últimos anos, com mais consumidores buscando alternativas como o mercado livre de energia ou a geração distribuída. Ao todo, o certame negociou 176,8 megawatts (MW) médios de energia, a um preço médio de R$ 237,48 por megawatt-hora, representando um deságio médio de 26,38%.
Conquistaram contratos no leilão 22 empreendimentos, que somam 557,45 MW de potência e cerca de R$ 2,95 bilhões em investimentos. Do total de projetos, 12 são pequenas hidrelétricas, que venderam energia suficiente para fazer frente à obrigatoriedade de contratação de 50% da demanda do leilão nessa fonte, conforme a lei 14.182, que autorizou a privatização da Eletrobras.
A potência contratada ficou novamente muito abaixo da oferta. A Empresa de Pesquisa Energética (EPE) havia cadastrado para o certame cerca de 83 mil MW, distribuídos em 2.044 projetos.
Térmicas
A assessora especial de Assuntos Econômicos do Ministério de Minas e Energia, Renata Rosada da Silva, avaliou que a recente portaria do governo que abriu o mercado livre para mais consumidores não deve ter impactado a demanda das distribuidoras para este leilão.
Em coletiva de imprensa após o certame, ela disse ainda que a pasta está avaliando mudanças nos leilões de energia, relacionadas à forma dos certames e a menores prazos para os contratos.
Além dos 12 empreendimentos hídricos, também venceram contratos no certame três projetos da fonte eólica, quatro usinas solares fotovoltaicas, duas térmicas movidas a biomassa de bagaço de cana e uma térmica de aproveitamento de resíduos sólidos urbanos.
Não houve negociação para projetos movidos a carvão mineral ou a biogás.