Cinco policiais militares são acusados de fraude processual. Ouvida na audiência de segunda-feira, a primeira do caso, Jackeline Oliveira, mãe da vítima, disse que não havia confronto armado entre policiais e criminosos da comunidade no momento em que Kathlen foi baleada.
Por Redação, com ABr - do Rio de Janeiro
A Auditoria da Justiça Militar do Rio de Janeiro ouviu na segunda-feira os depoimentos de nove testemunhas de acusação no caso da morte da jovem Kathlen Romeu, em julho de 2021. Ela tinha 24 anos e estava grávida, quando foi morta por um tiro no Complexo do Lins, na Zona Norte da cidade do Rio. Cinco policiais militares são acusados de fraude processual. Ouvida na audiência de ontem, a primeira do caso, Jackeline Oliveira, mãe da vítima, disse que não havia confronto armado entre policiais e criminosos da comunidade no momento em que Kathlen foi baleada. – Kathlen teve sua vida interrompida por homens de farda, que deveriam nos proteger. Isso é o retrato da covardia. Minha filha era muito querida, educada, estudiosa, saudável, feliz, linda! Ela era uma inspiração para outras meninas da comunidade. Hoje eu sou uma mãe sem filha, uma avó sem neto. Fui condenada eternamente à dor – afirmou a mãe, segundo informações do Tribunal de Justiça. A avó, Sayonara de Fátima Queiroz de Oliveira, disse que o local estava calmo enquanto ela caminhava com a neta pela rua e que, logo em seguida, ouviram tiros. Nesse momento, Kathlen caiu no chão.