Rio de Janeiro, 04 de Dezembro de 2024

Carrefour pede desculpas por declarações e retoma compras

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Terça, 26 de Novembro de 2024 às 19:30, por: CdB

“Sim, a retratação basta. Com a carta publicada agora pelo CEO do Carrefour, se desculpando, a Masterboi está voltando a fornecer à rede hoje”, afirmou a indústria brasileira.

Por Redação – de São Paulo

Após o pedido formal de desculpas do grupo francês Carrefour nesta terça-feira, pelas declarações infelizes acerca da qualidade da carne produzida no Brasil, o frigorífico Masterboi informou que retomará imediatamente o fornecimento de carne ao supermercado. A carta de retratação foi assinada pelo CEO global da rede, Alexandre Bompard.

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Rede varejista pede desculpas aos brasileiros, após comentários desastrosos

“Sim, a retratação basta. Com a carta publicada agora pelo CEO do Carrefour, se desculpando, a Masterboi está voltando a fornecer à rede hoje”, afirmou a indústria brasileira.

O frigorífico Minerva, que também aderiu ao boicote, preferiu não se manifestar por enquanto. As empresas JBS e Marfrig, que se encontram entre os maiores produtores mundiais de proteína animal, também foram contatadas por repórteres, mas ainda não responderam se retomam, ou não, o fornecimento ao Carrefour.

 

Mercosul

O Masterboi, na sexta-feira, anunciou a suspensão da venda e distribuição de carnes ao Grupo Carrefour Brasil, após as declarações da matriz francesa. O Carrefour na França havia anunciado que deixaria de comercializar carne oriunda do Mercosul —bloco que inclui Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai—, gerando forte reação no setor agropecuário brasileiro.

A empresa foi um dos 23 frigoríficos nacionais que aderiram ao boicote, afetando mais de 150 lojas do Carrefour no país, segundo associações empresariais. Nesta manhã, em sua carta, Bompard admitiu que suas declarações sobre o boicote à carne do Mercosul foram mal interpretadas e causaram descontentamento no Brasil.

O executivo disse que a intenção do Carrefour não era questionar a qualidade da carne brasileira, mas, sim, apoiar os agricultores franceses em meio a uma crise local.

“Lamentamos muito que nossa comunicação tenha sido recebida como um questionamento à nossa parceria com a produção agropecuária brasileira ou como uma crítica a ela”, encerrou Bompard.

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