“Mais uma falha de segurança. Seria bom a segurança do presidente ficar mais atenta”, escreveu o ’02’, ou Carluxo, como Carlos Bolsonaro também é conhecido.
Por Redação - de Brasília
O vereador Carlos Bolsonaro (PSC-RJ), segundo filho do presidente Jair Bolsonaro (PSL), voltou a criticar, nesta quinta-feira, ainda que indiretamente, o desempenho do ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), general Augusto Heleno. Em mensagem, no Twitter, o vereador relacionou o caso do empresário que se suicidou na capital sergipana e evento com o governador do Estado e o ministro das Minas e Energia, Bento Albuquerque, com a segurança do presidente.
“Mais uma falha de segurança. Seria bom a segurança do presidente ficar mais atenta”, escreveu o ’02’, ou Carluxo, como também é conhecido, na manhã desta quinta-feira. Trata-se do segundo ataque do vereador ao ministro, em menos de 48 horas. O general tem se mantido em silêncio quanto ao ataque, em curso, para não contribuir com a nova crise que se abate sobre o governo neofascista.
Na noite passada, Carlos Bolsonaro retrucou, também no Twitter, a crítica que recebeu do general da reserva Luiz Eduardo Rocha Paiva, membro da Comissão de Anistia do governo federal, que o classificou como "imaturo, irresponsável e mal-educado”. Paiva saiu em defesa do general Heleno.
Travesseiro
Ao comentar uma mensagem, na rede social, com reportagem sobre o ataque de Paiva, Carlos insinuou que o general faz parte da ala de "militares que não suportam armas”. E pior, que "nunca lideraram nem guerra de travesseiros”.
Disse ainda que, "quando xingado", tem o direito de responder, "ainda mais vindo de um 'recruta' que jamais abriu significativamente a boca quando o PT assaltava o país". A publicação integra os seguidos ataques à ala militar do governo, que têm sustentado a permanência de Bolsonaro no Palácio do Planalto.
"Por que acha que não ando com seguranças? Principalmente aqueles oferecidos pelo GSI (Gabinete de Segurança Institucional, comandado por Heleno)”, escreveu Carlos no Twitter. Ele comentava a prisão do sargento da Aeronáutica suspeito de portar cocaína na Espanha.
Mal-educada
Na véspera, o general Paiva disse que o presidente Bolsonaro precisa intervir para encerrar o entrevero, porque tais declarações, apesar de não afastarem os militares do governo, desgastam a relação.
"Esse embate não é provocado pelos militares, mas por Carlos, inclusive com ofensas diretas. Bolsonaro deve dizer aos militares que desautoriza qualquer manifestação dele. Espero que se dê um basta nisso porque tem questões muito mais importantes para resolver do que ficar esse 'tititi' de uma pessoa que é mal-educada e desclassificada, em termos de comportamento político e social", concluiu o militar.