Rio de Janeiro, 10 de Fevereiro de 2025

Campanha contra o PIX teve planejamento e financiadores, diz AGU

Arquivado em:
Sexta, 17 de Janeiro de 2025 às 20:18, por: CdB

AGU começou a olhar com atenção para casos de desinformação ligados a agentes financeiros quando um perfil que simulava uma agência de investimentos nas redes sociais publicou falas falsas e as atribuiu a Gabriel Galípolo, atual presidente do Banco Central (BC).

Por Redação – de Brasília

Levantamento preliminar da Advocacia-Geral da União (AGU) quanto às mentiras disseminadas contra o sistema de pagamentos PIX, divulgado nesta sexta-feira, aponta a existência de uma estrutura profissional e financiada, construída no fim do ano passado, para atacar instituições e agentes econômicos no Brasil. No caso mais recente, uma onda de notícias falsas sobre o PIX fez com que a Receita Federal recuasse na aplicação de novas regras de monitoramento contra esquemas de lavagem de dinheiro e sonegação de impostos.

ministro.png
O ministro da Fazenda Fernando Haddad, foi alvo de vários memes, nas redes sociais

— Há, sim, uma estrutura profissional, financiada e bem construída em curso desde o último trimestre de 2024. Nada é orgânico. Desde a discussão da questão fiscal, passando pelo dólar, etc… Ganhou impulso após a eleição de Donald Trump — revelou uma fonte.

AGU começou a olhar com atenção para casos de desinformação ligados a agentes financeiros quando um perfil que simulava uma agência de investimentos nas redes sociais publicou falas falsas e as atribuiu a Gabriel Galípolo, atual presidente do Banco Central (BC). A mentira foi replicada por perfis e influenciadores na área de investimentos, para milhares de seguidores que, em um efeito cascata, retransmitiram às suas listas.

 

Google

O caso chegou ao núcleo do governo e à Presidência do BC, após intensa repercussão na mídia conservadora. Dias depois, no dia 25 de dezembro, o Google exibiu durante todo o dia uma cotação falsa do dólar, quando, na verdade, o mercado estava fechado por conta do feriado de Natal. Nesse caso, o Google admitiu que foi levado ao erro por um serviço terceirizado, pago para monitorar a cotação do dólar.

A suspeita é de que um site com informações falsas tenha impulsionado a cotação falsa e manipulado o algoritmo. A AGU informou o Google do erro e, na sequência, foi acusada de censura por perfis nas redes sociais.

 

Até os pets

No início de 2025, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), passou a ser alvo dos ataques. Um vídeo que utilizava a tecnologia ‘deep fake’ ganhou repercussão nas redes sociais. Nele, Haddad aparecia dizendo que iria “taxar tudo”, incluindo animais de estimação.

O ministro voltou a ser alvo de ataques nesta semana, quando teve seu CPF vazado com instruções para inserção de compras em seu registro pessoal, para estimular a tese de que o ministro tem movimentação financeira atípica.

Edições digital e impressa
 
 

Utilizamos cookies e outras tecnologias. Ao continuar navegando você concorda com nossa política de privacidade.

Concordo