Rio de Janeiro, 05 de Dezembro de 2025

Câmara insiste em votar novo Código Eleitoral, apesar da cena conturbada

Os crimes eleitorais foram atualizados para incorporar as chamadas “notícias falsas" (fake news) e a violência política contra as mulheres. Divulgar ou compartilhar, a partir do início do prazo para a realização das convenções partidárias, fatos que sabe inverídicos ou descontextualizados.

Quarta, 08 de Setembro de 2021 às 13:42, por: CdB

Os crimes eleitorais foram atualizados para incorporar as chamadas “notícias falsas" (fake news) e a violência política contra as mulheres. Divulgar ou compartilhar, a partir do início do prazo para a realização das convenções partidárias, fatos que sabe inverídicos ou descontextualizados para influenciar o eleitorado pode levar a um a quatro anos de reclusão.

Por Redação - de Brasília
Diferentemente do Senado, que suspendeu todas as sessões da Casa após as ameaças à democracia, levadas a termo nas manifestações golpistas realizadas, na véspera, a Câmara dos Deputados prosseguirá normalmente, nesta quarta-feira, com a votação da proposta do novo Código Eleitoral. O projeto consolida toda a legislação eleitoral, hoje tratada em diversas leis e resoluções do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
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A Câmara dos Deputados pretende votar o novo Código Eleitoral, o mais rápido possível
O texto de 902 artigos é resultado do grupo de trabalho de reforma da legislação eleitoral e tem como relatora a deputada Margarete Coelho (PP-PI). A sessão teve início às 15 horas. O projeto começou a ser discutido em Plenário na semana passada. O fim das sobras partidárias e a quarentena para candidatura de militares foram as principais preocupações apontadas pelos deputados que debateram a proposta do novo Código Eleitoral. A relatora já anunciou, no entanto, que vai retirar do seu texto o fim das sobras partidárias.

Desordem

Os crimes eleitorais foram atualizados para incorporar as chamadas “notícias falsas" (fake news) e a violência política contra as mulheres. Divulgar ou compartilhar, a partir do início do prazo para a realização das convenções partidárias, fatos que sabe inverídicos ou descontextualizados para influenciar o eleitorado pode levar a um a quatro anos de reclusão, além de multa. A pena aumenta se houver uso de ferramentas de impulsionamento ou se as fake news tiverem como alvo o sistema de eleição e apuração, com objetivo de causar desordem ou estimular a recusa social dos resultados eleitorais. A violência política contra mulheres pode levar à reclusão de três a seis anos e consiste na prática de violência física, sexual, psicológica, moral, econômica ou simbólica com o propósito de restringir sua candidatura ou eleição, impedir ou dificultar o reconhecimento ou exercício de seus direitos políticos. Outra proposta em pauta no Plenário da Câmara é a Medida Provisória que prevê um fundo para viabilizar concessões e parcerias público-privadas (PPPs).
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