Além de Guimarães, esteve também na reunião a ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann. O encontro ocorreu um dia depois de Hugo Motta ter protagonizado um embate público com o líder do PT, Lindbergh Farias (RJ).
Por Redação – de Brasília
Enquanto no Senado a situação com o Palácio do Planalto permanece tensa, o líder do governo na Câmara, José Guimarães (PT-CE), afirmou nesta quinta-feira que a crise envolvendo o presidente da Casa, Hugo Motta (Republicanos-PB), estaria superada, após reunião ocorrida na noite anterior. A informação foi divulgada originalmente na programação do canal norte-americano de TV CNN Brasil.
Além de Guimarães, esteve também na reunião a ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann. O encontro ocorreu um dia depois de Hugo Motta ter protagonizado um embate público com o líder do PT, Lindbergh Farias (RJ).
Segundo Guimarães, o diálogo retomou o entendimento entre o Planalto e o comando da Câmara num momento de ruídos intensos entre Executivo e Legislativo.
— Foi um encontro satisfatório em que discutimos as pautas prioritárias até o final do ano. Está reconstruída a relação com o governo — afirmou o líder governista.
Projetos
Apesar da reaproximação, o governo reiterou sua insatisfação com a condução do Projeto de Lei (PL) Antifacção, especialmente pela escolha do deputado Guilherme Derrite (PL-SP) como relator. Integrantes da articulação política do Palácio do Planalto consideraram a decisão desrespeitosa ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Ainda assim, a equipe reforçou que pretende prosseguir no diálogo com Motta e avançar nos temas considerados essenciais.
Guimarães e Hoffmann se reuniram também, nesta quinta-feira, com ministros do núcleo político do governo para organizar a lista de projetos prioritários que será encaminhada ao presidente da Câmara. Entre as propostas que devem integrar o pacote estão a PEC da Segurança Pública, a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), o projeto que trata do devedor contumaz e a iniciativa que reduz benefícios fiscais considerados ineficientes.
O esforço do Planalto para pacificar as relações nas duas Casas Legislativas ocorre em um momento de tramitação intensa de projetos econômicos e de segurança pública, considerados estratégicos para o governo antes do recesso que se aproxima.
