Ainda nos primeiro dias de seu terceiro mandato, conquistado em eleições sob forte pressão das forças neofascistas, o líder brasileiro busca pacificar as relações com os militares, com forte influência da ultradireita identificada com o ex-mandatário Jair Bolsonaro (PL).
Por Redação – de Brasília
Durante a celebração do quarto de século desde o estabelecimento do Ministério da Defesa, o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT) falou, nesta quarta-feira, diante a tropa das Três Armas. Em seu discurso, Lula sublinhou “a verdadeira missão das Forças Armadas”.
O papel dos militares, segundo o presidente, é o de ”servir à nação brasileira, garantir a ordem, não em nome de uma ideologia ou a serviço de pretensões políticas individuais, mas em nome, acima de tudo, da soberania de um país e da proteção do povo brasileiro. Proteger nossa gente em momentos de calamidade e emergência, nossas florestas, nosso território, nossa história e nossos patrimônios”.
Ainda nos primeiro dias de seu terceiro mandato, conquistado em eleições sob forte pressão das forças neofascistas, o líder brasileiro busca pacificar as relações com os militares, com forte influência da ultradireita identificada com o ex-mandatário Jair Bolsonaro (PL), sob fortes críticas do campo progressista, desde o golpe contra a presidenta deposta Dilma Rousseff (PT), em 2016.
Resposta
Ainda em seu discurso, o presidente afirmou que “poucas vezes, em seus 25 anos, o Ministério da Defesa foi convocado a lutar tantas guerras ao mesmo tempo como neste ano e sete meses que estamos no governo”.
— Lutou e venceu — ressaltou o presidente Lula.
O líder brasileiro destacou também a atuação das Forças Armadas na resposta à crise humanitária do povo Yanomami; no enfrentamento ao garimpo ilegal e no apoio à população gaúcha durante as recentes e históricas enchentes que afetaram o Rio Grande do Sul. Além disso, citou o suporte “logístico e humanitário” dos militares em socorro à população do Amazonas, que sofre com a estiagem e baixa no volume dos rios.
Integração
Lula ainda exaltou, em seguida, a integração militar e civil no Ministério da Defesa: “quando foi criado, vivíamos ainda um momento de fortalecimento da nossa democracia. A integração das forças possibilitou a formalização de uma política nacional de defesa”.
— Integração que respeita a cultura de cada uma e que simboliza uma visão estratégica, sintetizando as visões de militares unidas ao componente civil, como complemento harmônico que fortalece a nossa democracia. Esse ministério simboliza os esforços da Marinha, Exército e Aeronáutica para garantir não apenas a defesa do Brasil, mas também para contribuir significativamente em áreas fundamentais para o desenvolvimento do nosso país — concluiu.