O novo ministro destacou que sua missão no governo será estreitar o diálogo com os movimentos sociais e com as bases populares, em oposição à lógica do mercado financeiro.
Por Redação – de Brasília
Antes mesmo da posse, marcada para semana que vem, o recém-nomeado ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Guilherme Boulos, já retomou o debate sobre o futuro político do país e a sucessão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). O novo ministro, em entrevista à mídia conservadora nesta quinta-feira, evitou especular sobre o período “pós-Lula”, a partir de 2030, e reforçou que sua prioridade é fortalecer o governo e contribuir para a reeleição do presidente, no ano que vem.

— Aprendi com a minha avó, nos almoços de domingo, que cada dia com a sua agonia. Minha preocupação agora é reforçar o governo do presidente Lula, na missão que ele me deu, e contribuir para sua reeleição em 2026. Será uma grande batalha. Lula me chamou para dialogar com o povo, não com a Faria Lima — respondeu Boulos à colunista Mônica Bergamo, do diário conservador paulistano Folha de S.Paulo, questionado sobre seu futuro político.
Faria Lima
O novo ministro destacou que sua missão no governo será estreitar o diálogo com os movimentos sociais e com as bases populares, em oposição à lógica do mercado financeiro.
— O presidente me chamou para ser ministro para dialogar com o povo, e não com a Faria Lima, definitivamente — continuou.
Boulos ressaltou que pretende percorrer o país para “ouvir as demandas do povo brasileiro” e enfrentar “a política rasteira da extrema direita”, reforçando que o governo Lula “se colocou firmemente na defesa do povo contra os bilionários e na defesa do Brasil contra o ataque estrangeiro (dos EUA)”.
Avanços sociais
O ministro elogiou as políticas econômicas e sociais do governo, afirmando que o país vive um momento de retomada do crescimento e de valorização do trabalho.
— “Temos a menor taxa de inflação acumulada da série histórica, o menor desemprego e crescimento acima de 3%. Houve aumento real do salário mínimo e a retomada de investimentos públicos com o PAC e o Minha Casa Minha Vida — pontuou.
Segundo o novo ministro, as medidas para zerar o imposto de renda de 90% da população e taxar os super-ricos mostram que Lula tem um governo voltado aos interesses populares.
— O presidente Lula tem sido muito firme na defesa do povo brasileiro e na cobrança dos bilionários que não pagam imposto. Essa é a política que eu defendo — concluiu.