De fato, a PF estuda a possibilidade de pedir a prisão de Bolsonaro caso ele não retorne ao país até abril. A jornalista Carolina Brígido apurou e publicou, em sua coluna no portal de notícias UOL, nesta manhã, que os investigadores avaliam pedir a prisão do ex-mandatário neofascista.
Por Redação - de Brasília
Ministro da Fazenda, o economista Fernando Haddad, superior hierárquico da Receita Federal, afirmou com segurança aos jornalistas, neste sábado, que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) tentou "surrupiar joias", ao comentar o caso da propina saudita de R$ 16,5 milhões, na forma de diamantes, recebida pelo ex-presidente. Segundo Haddad, o desfecho do caso será rápido e o Fisco continuará trabalhando juntamente com o Ministério Público e a Polícia Federal (PF) para levar o caso à Justiça.
— A diligência foi extraordinária. Nada foi corrompido do ponto de vista das provas. O Ministério Público e a Polícia Federal estão envolvidos, a Receita vai continuar e teremos um desfecho rápido disso. Eu penso que a Receita impediu o roubo das joias — afirmou Haddad.
De fato, a PF estuda a possibilidade de pedir a prisão de Bolsonaro caso ele não retorne ao país até abril. A jornalista Carolina Brígido apurou e publicou, em sua coluna no portal de notícias UOL, nesta manhã, que os investigadores avaliam pedir a prisão do ex-mandatário neofascista. “Se ele continuar nos Estados Unidos, fica configurada a ‘evasão do distrito da culpa’, previsto no artigo 302 do Código de Processo Penal como requisito para justificar a prisão cautelar de uma pessoa investigada”, afirmou Brígido.
Suspeita
Bolsonaro encontra-se em Orlando, na Flórida (EUA) para onde viajou no dia 30 de dezembro do ano passado, a apenas dois dias para o término do mandato, e não há previsão para o seu retorno ao Brasil. O ex-presidente é investigado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) pela suspeita de envolvimento nos atos golpistas de 8 de janeiro.
A possibilidade do pedido de prisão ganhou força nos últimos dias, após a revelação de que Bolsonaro tentou receber de forma ilegal joias avaliadas em R$ 16,5 milhões dadas pela monarquia saudita e que deveriam ter sido incorporadas ao patrimônio da União. Ele estaria de posse, ainda, de um outro pacote de joias avaliado em mais de R$ 400 mil; além de um fuzil e uma pistola, igualmente valiosos.
Agentes da PF disseram à colunista que, se a caixa com joias masculinas não for apresentada publicamente, “endereços ligados a Bolsonaro podem ser alvo de busca e apreensão”, tanto no Brasil quanto nos EUA, em parceria com o Federal Bureau of Investigation (FBI).