Sábado, 01 de Fevereiro de 2020 às 13:56, por: CdB
Inicialmente, a mudança para Brasilia e a ocupação de dois ministérios importantes: Justiça e Segurança Pública, tomou posse junto com o presidente. E um terceiro cargo, opcional, para o próprio Moro, uma vaga no STF.
Por Hélio Fernandes - do Rio de Janeiro
DepoIs de 30 anos inúteis, ( 28 como deputado federal, defendendo o ultra torturador, coronel Ulstra) ninguém imaginava que Jair Bolsonaro (sem partido) chegasse a presidente a não ser que construísse um acordo de vitoria antecipada. Construiu com o ex-juiz Sérgio Moro uma dobradinha para a sua eleição e a deseleição do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que as pesquisas davam como invencível. Como nada é de graça, Moro estabeleceu logo a parte que lhe cabe nesse latifúndio. ( Royalties para o genial João Cabral de Mello Neto).
Inicialmente, a mudança para Brasilia e a ocupação de dois ministérios importantes: Justiça e Segurança Pública, tomou posse junto com o presidente. E um terceiro cargo, opcional, para o próprio Moro, uma vaga no STF.
Supremo
Logo, Moro se desligou do STF, ficou seduzido pelo Executivo, o cargo maior. Bolsonaro não percebeu o crescimento do ministro. Adulou e promoveu a suposta popularidade de Moro, identificou-o como patrimônio nacional.
Com isso, Moro virou personalidade. Somente assim o capitão constatou que estava alimentando um adversário. Resolveu demiti-lo de um dos ministérios. A reação surpreendente de Moro: “Se perder um ministério, peço demissão do outro", assustou o capitão. Que recuou, o que faz com a maior tranquilidade.
Agora tenta intimidar Moro, praticamente obrigando-o a decidir por assumir o STF. O que não está mais nas cogitações de Moro.
Hélio Fernandesé jornalista, fundador do diário Tribuna da Imprensa.
PS- Conforme escrevi aqui mesmo (no Facebook), mês passado: “A sucessão de 2022, começa ou se define quando o ministro Celso de Mello se aposentar, em novembro”.