Segunda, 09 de Dezembro de 2019 às 12:00, por: CdB
Em seu discurso, Bolsonaro lembrou feitos de generais que presidiram o Brasil durante a ditadura militar, como Castelo Branco e Emílio Garrastazu Médici.
Por Redação, com Reuters - de Brasília
O presidente Jair Bolsonaro admitiu, nesta segunda-feira, que a âncora de seu governo são as Forças Armadas e que os militares, junto com outras instituições, o ajudarão “a mudar o Brasil”.
— Nós nada fazemos sozinhos. A grande âncora do meu governo são as Forças Armadas — disse Bolsonaro em um almoço comemorativo da promoção de novos oficiais das Forças Armadas.
Meritocracia
Em seu discurso, Bolsonaro lembrou feitos de generais que presidiram o Brasil durante a ditadura militar, como Castelo Branco e Emílio Garrastazu Médici, e do ministro do Exército no governo Sarney Leonidas Pires Gonçalves.
Na mesma ocasião, o ministro da Defesa, Fernando Azevedo e Silva, reconheceu o “cuidado especial” que as Forças Armadas têm recebido do governo Bolsonaro e comemorou a aprovação do projeto de lei de reestruturação da carreira e da aposentadoria dos militares.
— Faltava preencher um vazio de décadas, resgatar o que temos de mais valioso: o militar e sua família. O projeto aprovado semana passada representou possivelmente o mais importante de 2019, corrigindo distorções, valorizando a meritocracia. Representou mais um esforço dos militares para o esforço fiscal do país — disse o ministro.
O projeto manteve os militares como única categoria do país que não terá idade mínima para se aposentar e a única entre os servidores que continuará com aposentadoria integral, e terão que contribuir 10,5% dos salários para as aposentadorias, enquanto as demais categorias contribuem com 14%. As regras podem valer também para policiais militares e bombeiros estaduais.
Marinha
A economia com a reforma da aposentadoria dos militares, que acabou por incluir uma reestruturação na carreira, será de R$ 10,45 bilhões em 10 anos. Inicialmente, a economia projetada pela equipe econômica era de R$ 92,3 bilhões, mas a reestruturação da carreira custará R$ 86,8 bilhões.
Em seu discurso, o comandante da Marinha, almirante Ilques Barbosa Júnior, elogiou Bolsonaro por suas ações diante do que chamou de ameaças aos interesses nacionais.
— Ao longo desse primeiro ano, as ameaças aos interesses nacionais se apresentaram em diversas perspectivas. Entre tantos desafios estão instabilidade internacional, guerra cibernética, questões indígenas manipuladas, acessos ilegais a conhecimentos da nossa Amazônia, tráfico de drogas e armas, pirataria, desastres naturais e crimes ambientais. O senhor, a cada ameaça, reagiu prontamente, protegendo nossas riquezas e cuidando de nossa gente — concluiu o almirante.