Rio de Janeiro, 22 de Novembro de 2024

Bolsonarista na Receita Federal acessa dados sigilosos de desafetos

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Segunda, 27 de Fevereiro de 2023 às 12:23, por: CdB

Não havia em curso, à época das consultas desautorizadas, nenhuma investigação aberta contra os três, o que levou à abertura de uma investigação interna e disciplinar, ainda em curso, contra Feitosa.


Por Redação - de Brasília

Chefe da inteligência da Receita Federal, o bolsonarista Ricardo Pereira Feitosa teria acessado e copiado dados fiscais sigilosos do coordenador das investigações do suposto esquema de rachadinhas, o então procurador-geral de Justiça do Rio, Eduardo Gussem, segundo denúncia estampada na mídia conservadora, nesta segunda-feira. Dados de dois políticos, desafetos da família do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), o empresário Paulo Marinho e o ex-ministro Gustavo Bebianno, já falecido, tiveram suas contas invadidas.

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Candidato do PSDB à prefeitura do Rio, o empresário Paulo Marinho tornou-se desafeto de Bolsonaro ao denunciar o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ)


Não havia em curso, à época das consultas desautorizadas, nenhuma investigação aberta contra os três, o que levou à abertura de uma investigação interna e disciplinar, ainda em curso, contra Feitosa.

Relatório


Os dados de Gussen foram consultados nos dias 10,16 e 18 de julho de 2019, no primeiro ano do governo Bolsonaro, diz a reportagem do diário conservador paulistano Folha de S. Paulo. Feitosa acessou e extraiu cópias de declarações de imposto de rendas completas do então procurador “de um período de sete anos, de 2013 a 2019”, acrescenta.

O procurador chefiou o Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro de janeiro de 2017 a janeiro de 2021, período em que a instituição recebeu um relatório produzido pelo Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) indicando movimentação financeira atípica por parte de Fabrício Queiroz, ex-assessor de Flávio Bolsonaro.

Os dados do IR também foram extraídos dos empresários Marinho e Bebianno, que participaram da campanha presidencial de Bolsonaro em 2018, mas romperam logo no início do governo.

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