"Nós enfrentamos uma bomba de dívida corporativa que é muito, muito maior do que a que enfrentamos em 2008", disse o autor no seu artigo para TheMostImportantNews.com. Segundo o analista, as taxas de juros excessivamente baixas da última década permitiram às corporações estadunidenses acumular a maior dívida corporativa da história.
Por Redação, com Sputniknews - de Washington
Cada vez mais analistas econômicos se lembram da crise financeira de 2008 e advertem que as bolhas podem voltar e rebentar em qualquer momento. Analista econômico avalia o perigo atual. Se há mais de 10 anos foi a bolha do mercado imobiliário, agora há outra bomba-relógio: a dívida corporativa, opina o analista econômico Michael Snyder.
"Nós enfrentamos uma bomba de dívida corporativa que é muito, muito maior do que a que enfrentamos em 2008", disse o autor no seu artigo para TheMostImportantNews.com.
Segundo o analista, as taxas de juros excessivamente baixas da última década permitiram às corporações estadunidenses acumular a maior dívida corporativa da história.
Desastre
A dívida corporativa total dos Estados Unidos alcançou quase US$ 10 trilhões (R$ 41 trilhão), um recorde de 47% da economia em geral, observa o autor.
No entanto, a dívida total das empresas é na realidade muito maior, se se tiver em conta a dívida das pequenas e médias empresas, as empresas familiares e outras que não estão cotadas na bolsa. Segundo Snyder, há que adicionar outros US$ 5,5 trilhões (R$ 229 trilhões).
"Todo o mundo pode ver que se aproxima um grande desastre da dívida corporativa, mas ninguém parece saber como o deter", afirmou o analista, no artigo.
Dinheiro fácil
Nas últimas semanas, a Reserva Federal, o Fundo Monetário Internacional e os principais investidores institucionais, como BlackRock e American Funds, deram a voz de alarme sobre as crescentes obrigações das empresas.
"Nunca assistimos a uma crise da dívida corporativa desta magnitude", comentou o analista.
A dívida das empresas "aumentou uns enormes 52% desde 2008, e esta bolha cresce continuamente”.
"Estamos sentados sobre uma bomba sem explodir, e realmente não sabemos o que é que a fará explodir", cita o autor Emre Tiftik, especialista em dívida do Instituto de Finanças Internacionais.
Mercados
No entanto, os EUA não são o único país que "se está afogando". Segundo a Bloomberg, "uma década de dinheiro fácil deixou o mundo com um recorde de 250 trilhões de dívida governamental, corporativa e familiar", o que "equivale a uns US$ 32.500 (R$ 135.775) por cada homem, mulher e criança na Terra", afirma a mídia.
"Toda esta dívida nunca será paga. Em vez disso, a bolha seguirá flutuando até explodir inevitavelmente", comenta Snyder.
E quando finalmente explodir, é provável que se torne realidade o roteiro apocalíptico de Mad Max, opina o investidor e especialista em mercados Rick Ackerman.
Estabilidade
"Considero inevitável uma evolução da situação como em Mad Max (…) Já nos metemos em uma situação na qual a segurança social vai fracassar (…) A comida dos supermercados, o envio de um dia da Amazon... Não vejo como todas estas coisas podem seguir funcionando em uma condição que não seja a falsa prosperidade que temos agora", cita o autor Ackerman.
Dada a inevitabilidade de um colapso, o autor do artigo apela a aproveitar o presente.
"A verdade é que nos dirigimos para um desastre total e completo, e o único debate real é sobre quanto tempo tardaremos em chegar lá. Então desfrute destes momentos de relativa estabilidade enquanto pode, porque é só questão de tempo antes de irmos para o precipício", conclui Michael Snyder.