Segunda, 09 de Novembro de 2020 às 11:28, por: CdB
O levantamento semanal mostrou que as expectativas para a alta do IPCA subiram a 3,20% em 2020 e a 3,17% em 2021, respectivamente de 3,02% e 3,11%. O centro da meta oficial de 2020 é de 4% e, de 2021, de 3,75%, ambos com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou menos.
Por Redação - de Brasília
Analistas de mercado continuaram elevando as projeções para a inflação enquanto o grupo dos analistas que mais acertam as previsões passou a ver a taxa básica de juros mais alta em 2021. Os dados constam da pesquisa Focus divulgada pelo Banco Central, nesta segunda-feira.
O levantamento semanal mostrou que as expectativas para a alta do IPCA subiram a 3,20% em 2020 e a 3,17% em 2021, respectivamente de 3,02% e 3,11%. O centro da meta oficial de 2020 é de 4% e, de 2021, de 3,75%, ambos com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou menos.
Selic
Para alcançar a meta de inflação, o Banco Central usa como principal instrumento a taxa básica de juros, a Selic. No último dia 28, o Comitê de Política Monetária (Copom) decidiu manter a Selic em 2% ao ano. Para o Copom, apesar da alta observada no preço dos alimentos e de itens industriais, o efeito sobre a inflação será temporário.
A expectativa das instituições financeiras é que a Selic encerre 2020 em 2% ao ano. Para o fim de 2021, a expectativa é que a taxa básica chegue a 2,75% ao ano. Para o fim de 2022, a previsão é 4,5% ao ano e para o final de 2023, 5,5% ao ano.
Quando o Copom reduz a Selic, a tendência é que o crédito fique mais barato, com incentivo à produção e ao consumo, reduzindo o controle da inflação e estimulando a atividade econômica. Entretanto, os bancos consideram outros fatores na hora de definir os juros cobrados dos consumidores, como risco de inadimplência, lucro e despesas administrativas.
Atividade econômica
Quando o Copom aumenta a taxa básica de juros, o objetivo é conter a demanda aquecida, e isso causa reflexos nos preços porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança. E quando a Selic é mantida, o Copom considera que ajustes anteriores foram suficientes para manter a inflação sob controle.
No campo produtivo, a previsão do mercado financeiro para a queda da economia brasileira este ano foi ajustada de 4,81% para 4,80%. Para o próximo ano, a expectativa de crescimento passou de 3,34% para 3,31%. Em 2022 e 2023, o mercado financeiro continua a projetar expansão de 2,50% do PIB.
A previsão para a cotação do dólar permaneceu em R$ 5,45, neste ano, e R$ 5,20, em 2021.