Adorado pelos hindus, o Ganges é o maior sistema fluvial da Índia e um dos mais poluídos. O primeiro-ministro Narendra Modi assumiu o poder em 2014 com a promessa de limpar o rio.
Por Redação, com Reuters - de Agra, Índia
Um dos ativistas ambientais mais proeminentes da Índia morreu aos 86 anos, depois de mais de 15 semanas de greve de fome para protestar contra a falta de ação do governo na limpeza do rio Ganges. A morte de G.D. Agarwal, PhD em engenharia ambiental pela Universidade de Berkeley, na Califórnia, provocou uma onda de luto e tributos de ativistas.
— Seu fim calou uma das principais vozes críticas ao governo sobre a poluição do Ganges. Ele foi uma das figuras mais importantes nessa luta —, disse o ambientalista Rakesh Jaiswal.
Rio sagrado
Adorado pelos hindus, o Ganges é o maior sistema fluvial da Índia e um dos mais poluídos. O primeiro-ministro Narendra Modi assumiu o poder em 2014 com a promessa de limpar o rio, cuja água é usada por 400 milhões de pessoas, mas que está cada vez mais sujo com lixo doméstico e industrial.
Um projeto de cinco anos para esse objetivo não foi levado adiante, segundo críticos. Os resultados de uma auditoria federal divulgada em dezembro de 2017 revelaram lapsos no planejamento e na gestão financeira do plano e indicaram que menos de um quarto dos fundos para o programa foram gastos em dois anos.