Vários ataques com drones atingiram casas e um edifício administrativo, durante a noite, em Belgorod, alvo de uma incursão ucraniana, segundo as autoridades russas. Os ataques, que também atingiram a vila de Borissovka, não causaram vítimas ou feridos.
Por Redação, com ABr - de Moscou
Nas últimas horas, foram abatidos alguns drones na região russa de Belgorod, que faz fronteira com a Ucrânia. A informação é do governador local, Vyacheslav Gladkov, depois de o Kremlin ter colocado o território sob o "regime legal de uma zona de operação antiterrorista". Gladkov alertou a população de Grayvoron, uma das cidades atingidas pelos combates, a não voltar para casa.
– Os drones foram abatidos pelo sistema de defesa aérea sobre a região de Belgorod. Segundo dados preliminares, não há vítimas – escreveu no Telegram, nesta terça-feira de manhã, Gladkov.
Pouco antes, o governador já tinha feito outra postagem sobre os ataques à Grayvoron, através da mesma plataforma, apelando aos habitantes que deixassem “temporariamente as suas casas”.
– Iremos informar imediatamente (…) quando for seguro – acrescentou.
Vários ataques com drones atingiram casas e um edifício administrativo, durante a noite, em Belgorod, alvo de uma incursão ucraniana, segundo as autoridades russas. Os ataques, que também atingiram a vila de Borissovka, não causaram vítimas ou feridos, escreveu o governador noTelegram.
– Não houve mortes de civis, nas últimas horas. Todas as ações necessárias por parte das autoridades estão sendo realizadas. Aguardamos a conclusão da operação antiterrorista anunciada na segunda-feira – escreveu Gladkov.
Contudo, "duas casas foram atacadas por drones em Grayvoron" e pegaram fogo. No povoado de Borissovka, um aparelho não tripulado atacou um edifício administrativo, seguindo de um novo ataque a uma casa, que danificou o telhado.
Ataque ucraniano
A região de Belgorod, em particular o distrito de Grayvoron, foi alvo na segunda-feira de uma incursão de combatentes armados da Ucrânia, que feriu oito pessoas e levou a Rússia a desencadear uma "operação de contraterrorismo". É a primeira vez, desde o início da guerra, em fevereiro do ano passado, que ocorre um ataque em território russo.
Os serviços de segurança russos (FSB) introduziram, durante a tarde de segunda-feira, o "regime jurídico da zona de operações antiterroristas" na região, dando às autoridades poderes acrescidos para conduzir operações armadas, controlar civis ou retirar populações.
– A operação de busca conduzida pelo Ministério da Defesa e pela polícia continua – nesta terça-feira disse Gladkov. “A polícia está a fazer tudo o que é necessário”.
Russos anti-Putin
Até o momento, a Ucrânia nega a organização da incursão armada na região. Mas, às primeiras horas desta terça-feira, um grupo de russos anti-Putin, alinhados com o exército ucraniano assumiu a responsabilidade pelos ataques.
Em um canal do Telegram, a Legião da Liberdade para a Rússia assumiu a autoria da operação. Trata-se de um grupo de russos que luta do lado ucraniano e que já tinha afirmado estar por trás de incursões anteriores na região. Todavia, Kiev garante que a ação é independente.
O canal do Telegram Baza, que tem ligações aos serviços de segurança da Rússia, publicou imagens aéreas que aparentemente mostram um veículo blindado ucraniano avançando pela fronteira.