Rio de Janeiro, 22 de Novembro de 2024

Ataques no Congo deixam mais de 60 mortos

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Terça, 15 de Março de 2022 às 09:06, por: CdB

Sobrecarregado pela violência em suas regiões orientais, o governo do Congo nomeou oficiais militares para administrar o Kivu do Norte e a província vizinha de Ituri em maio. Uganda enviou mais de mil soldados em dezembro para realizar operações conjuntas contra a ADF.

Por Redação, com Reuters - de Brazzaville

Supostos militantes islâmicos mataram mais de 60 pessoas em cinco dias de ataques a vilarejos no leste da República Democrática do Congo, disseram moradores locais nesta terça-feira.
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Ataques rebeldes no leste do Congo deixam mais de 60 mortos
Os agressores, que se acredita serem rebeldes das Forças Democráticas Aliadas (ADF), atingiram ao menos cinco vilarejos, e a ofensiva ainda estava em andamento, afirmaram os moradores à agência inglesa de notícias Reuters. Sobrecarregado pela violência em suas regiões orientais, o governo do Congo nomeou oficiais militares para administrar o Kivu do Norte e a província vizinha de Ituri em maio. Uganda enviou mais de mil soldados em dezembro para realizar operações conjuntas contra a ADF. Mas os ataques continuaram inabaláveis, com os combatentes da ADF atacando civis locais em retaliação às campanhas militares.

Os ataques

– A luta continua mesmo a esta hora e os corpos das vítimas estão sendo retirados em motocicletas – disse Kinos Katuho, líder da sociedade civil na vila de Mamove. Ele contou que 62 mortes foram registradas nos cinco vilarejos e acusou o Exército de não fazer nada para proteger os moradores. – Voltei (para casa) e encontrei minha família inteira morta, minhas irmãs, meus filhos – disse outra moradora de Mamove, Suzanne Mwassi, que se escondeu no mato ao redor por dois dias depois que militantes atacaram no fim de semana. O porta-voz do Exército congolês Antony Mwalushayi disse que mais de 300 soldados foram enviados para a região e que dois militantes da ADF foram mortos na terça-feira. Dezenas de milícias estão ativas no leste do Congo, legados de duas guerras regionais entre 1996 e 2003. Eles lutam rotineiramente contra as forças de segurança congolesas e entre si, competindo por terra, influência política e recursos minerais.
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