Rio de Janeiro, 07 de Abril de 2025

Após morte de indígenas, Colômbia suspende cessar-fogo com Farc

Medida foi motivada pelo recrutamento de menores pelo Estado Maior Central e assassinato de quatro deles após tentativa de fuga. A suspensão do cessar-fogo entrará em vigor 72 horas depois da divulgação do comunicado.

Terça, 23 de Maio de 2023 às 13:58, por: CdB

Medida foi motivada pelo recrutamento de menores pelo Estado Maior Central e assassinato de quatro deles após tentativa de fuga. A suspensão do cessar-fogo entrará em vigor 72 horas depois da divulgação do comunicado.


Por Redação, com Poder360 e ANSA - Bogotá/La Paz


O presidente da Colômbia, Gustavo Petro, suspendeu na segunda-feira a trégua com o grupo de dissidentes das Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia) Estado Maior Central em quatro regiões de conflito. A decisão foi anunciada depois do assassinato de quatro crianças indígenas.




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O cessar-fogo bilateral foi anunciado pelo presidente da Colômbia, Gustavo Petro, em dezembro do ano passado

– Informa-se que a trégua bilateral que vigorava atualmente com este grupo armado nos departamentos de Meta, Caquetá, Guaviare e Putumayo está suspensa, e todas as operações ofensivas foram reativadas – escreveu a presidência colombiana em comunicado.


Quatro menores da comunidade indígena murui foram assassinados ao tentar fugir do EMC (Estado Maior Central), para o qual tinham sido recrutados.

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– Foi um fato atroz que questiona a vontade de construir um país em paz. Não há justificativa para este tipo de crime – avaliou Petro.


A suspensão do cessar-fogo entrará em vigor 72 horas depois da divulgação do comunicado.


Bolívia cobra do Papa acesso a arquivos sobre abusos


O presidente da Bolívia, Luis Arce, escreveu uma carta ao papa Francisco pedindo o acesso da Justiça local aos arquivos eclesiásticos sobre casos de pedofilia cometidos por membros do clero no país.


"Sabendo que a Igreja Católica, sob seu comando, realizou inquéritos sobre episódios de abusos sexuais contra crianças e adolescentes em diversas partes do mundo, peço que nossa Justiça possa ter acesso a todos os arquivos, documentos e informações referentes a denúncias de abusos sexuais cometidos por sacerdotes e religiosos católicos em território boliviano", diz o documento.


A carta ressalta ainda que a Bolívia "se reservará o direito de admitir novos padres, na espera de um novo acordo de relações sobre esse tema com a Santa Sé".


No fim de abril, o jornal espanhol El País revelou os abusos praticados pelo padre Alfonso "Pica" Pedrajas, morto em 2009, contra 85 menores de idade quando era diretor de uma escola em Cochabamba.


O papa Francisco já enviou para a Bolívia o oficial da Congregação para a Doutrina da Fé, Jordi Bertomeu, especialista no combate a crimes de pedofilia.



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