Regina Duarte precisará restituir R$ 319,6 mil reais ao Fundo Nacional da Cultura. A conta só não foi cobrada ainda porque houve apresentação de um recurso por parte de Regina. A atriz ainda teve dois outros projetos de sua empresa custeados por meio da Lei Rouanet. Um teve contas aprovadas e o outro ainda não foi analisado. Procurada, a atriz disse que fará “o que a Justiça determinar”.
Por Redação - de Brasília
Muitos dos cabos eleitorais do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) estão às voltas com pesadas dívidas fiscais. Além da atriz Regina Duarte, indicada para a Secretaria da Cultura após a demissão de Roberto Alvim, que veiculou um vídeo com inspiração nazista; pastores evangélicos respondem a processos junto à Receita Federal.
Regina Duarte tem débitos com o Ministério da Cultura por conta da prestação de contas de projetos beneficiados pela Lei Rouanet. Uma de suas empresas, A Vida É Sonho Produções Artísticas, conseguiu três financiamentos com base no benefício, que somaram R$ 1,4 milhão.
Em março de 2018, a área técnica do Ministério da Cultura, que acabou extinto no governo Bolsonaro, reprovou a prestação de contas de um dos projetos, Coração Bazar, peça para a qual Regina Duarte captou R$ 321 mil reais com base na legislação. O levantamento foi vazado para a revista semanal de ultradireita Veja.
Ingressos
De acordo com a publicação, a atriz precisará restituir R$ 319,6 mil reais ao Fundo Nacional da Cultura. A conta só não foi cobrada ainda porque houve apresentação de um recurso por parte de Regina. A atriz ainda teve dois outros projetos de sua empresa custeados por meio da Lei Rouanet. Um teve contas aprovadas e o outro ainda não foi analisado. Procurada, a atriz disse que fará “o que a Justiça determinar”.
O filho dela, André Duarte, sócio-administrador de A Vida É Sonho, informou que a prestação de contas foi reprovada porque houve um descuido: a falta de comprovantes de que o monólogo, em cartaz de 2004 a 2005, foi exibido sem a cobrança de ingressos, contrapartida do contrato.
Evangélicos
Além de Regina Duarte, os principais líderes evangélicos que ajudaram a eleger Jair Bolsonaro detêm uma dívida acumulada de R$ 276 milhões com o governo federal, segundo a Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional. Grande parte desse dinheiro deveria ter sido pago através de taxas como o INSS de funcionários.
No topo do ranking está a Igreja Internacional da Graça de Deus, do pastor Romildo Ribeiro Soares, que deve ao governo R$ 139,7 milhões. Em segundo, a Igreja Mundial do Poder de Deus, com R$ 85,9 milhões, seguida pela Igreja Renascer em Cristo (R$ 31,3 milhões), Igreja Evangélica Assembleia de Deus (R$ 9,8 milhões) e Igreja Batista da Lagoinha (R$ 9,4 milhões).