Apesar das evidências em contrário, o militar vem afirmando que o Exército barrou qualquer tentativa de estímulo a uma intervenção no processo político. Mauro Cid fez acordo de delação premiada com a Polícia Federal. No último sábado, o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, homologou a delação premiada do tenente-coronel.
Por Redação - de Brasília
A delação premiada do tenente-coronel Mauro Cid envolverá militares que participaram do núcleo do governo de Jair Bolsonaro (PL), entre eles o general Augusto Heleno, que foi chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) e o general Luiz Eduardo Ramos, ex-ministro da Secretaria-Geral da Presidência.
Segundo fontes próximas às delações de Cid, ele citará ainda os generais Eduardo Pazuello e Braga Netto; além de um outro general da reserva que a jornalista Mônica Bergamo, no diário conservador paulistano Folha de S.Paulo prefere não citar. Ainda de acordo com os informantes, o ex-ajudante de ordens não deverá citar militares da ativa durante seu depoimento.
Apesar das evidências em contrário, o militar vem afirmando que o Exército barrou qualquer tentativa de estímulo a uma intervenção no processo político. Mauro Cid fez acordo de delação premiada com a Polícia Federal. No último sábado, o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, homologou a delação premiada do tenente-coronel.
Novo PGR
Diante dos fatos, integrantes da cúpula do PL já começaram a traçar uma estratégia visando as eleições municipais do próximo ano e avaliam que, uma vez consumada, a prisão do ex-mandatário neofascista tende a ocorrer no ano que vem, no mandato do próximo Procurador Geral da República (PGR), que ainda não foi definido.
Os integrantes do PL avaliam, ainda, que a blindagem que Bolsonaro mantém junto aos militantes da extrema direita ajudará a manter a sua popularidade e contribuirá para que o partido a conquiste até 1,5 mil prefeituras, aproximadamente quatro vezes mais do que nas eleições municipais anteriores.