Ex-ministro da Defesa e da Casa Civil, o candidato a vice-presidente da República na chapa de Jair Bolsonaro, em 2022, completou neste mês um ano de prisão.
Por Redação – de Brasília
General de quatro estrelas, o mais alto posto na escala do Exército, Walter Braga Netto poderá perder a patente em novo julgamento, agora no Superior Tribunal Militar (STM). A partir de março próximo, Braga Netto senta-se no banco dos réus.

Nos bastidores, segundo fontes ouvidas pela mídia conservadora, é ouvido que de todos os condenados pelo Supremo Tribunal Federal (STF) na trama golpista do 8 de Janeiro, Braga Netto é o mais repudiado na caserna, por incitar os subordinados a atacar a cúpula das Forças Armadas.
Ex-ministro da Defesa e da Casa Civil, o candidato a vice-presidente da República na chapa de Jair Bolsonaro, em 2022, completou neste mês um ano de prisão. Desde dezembro de 2024, Braga Netto está detido na 1ª Divisão do Exército, Zona Norte do Rio de Janeiro, sob a acusação de tentar obstruir as investigações.
‘Aos leões’
De início, a prisão era preventiva. Mas, após o general da reserva ser condenado pelo STF a 26 anos em regime fechado, passou a ser definitiva.
Durante as diligências, a Polícia Federal (PF) identificou troca de mensagens em que Braga Netto estimulava uma ofensiva contra o então comandante do Exército Freire Gomes, que não aderiu à tentativa de golpe, dizendo que a cabeça dele deveria ser oferecida “aos leões”.
Em uma das conversas, o general chamava Freire Gomes de “cagão”. À época, manifestantes que não se conformavam com a vitória do presidente Luiz Inácio Lula da Silva permaneciam acampados em frente aos quartéis.
“Senta o pau no Batista Júnior. Traidor da pátria. Inferniza a vida dele e da família”, determinou Braga Netto, em mensagem a subalternos.