Rio de Janeiro, 17 de Dezembro de 2025

Acordo aprova PL da Dosimetria na CCJ, que vai ao Plenário do Senado

Senador Renan Calheiros confirma acordo para votação do Projeto de Lei da Dosimetria, que reduz penas dos condenados pelos ataques de 8 de janeiro. Entenda os detalhes.

Quarta, 17 de Dezembro de 2025 às 20:40, por: CdB

Na sessão da Comissão e Constituição e Justiça (CCJ), que começou a discutir o texto nesta manhã, Renan afirmou que o líder governista “concordava em deixar votar”, sem dar mais detalhes do encontro.

Por Redação – de Brasília

O senador Renan Calheiros (MDB-AL) confirmou, nesta quarta-feira, que foi procurado pelo líder do governo no Senado, Jaques Wagner (PT-BA), em busca de um acordo pela votação do Projeto de Lei (PL) da Dosimetria, que reduz as penas aos condenados pelos ataques do 8 de Janeiro à democracia brasileira.

Acordo aprova PL da Dosimetria na CCJ, que vai ao Plenário do Senado | Líder do Governo no Senado, Jacques Wagner costurou um acordo com a oposição
Líder do Governo no Senado, Jacques Wagner costurou um acordo com a oposição

Na sessão da Comissão e Constituição e Justiça (CCJ), que começou a discutir o texto nesta manhã, Renan afirmou que o líder governista “concordava em deixar votar”, sem dar mais detalhes do encontro. Calheiros disse que foi procurado por Jaques Wagner ainda durante a sessão e ouviu dele que havia um acordo para votar o projeto.

— O Wagner me chamou lá e disse que concordava em deixar votar. Eu disse que não concordo, isso é uma farsa — protestou o senador, em entrevista a jornalistas.

 

Projetos

Calheiros acrescentou que o argumento apresentado foi a intenção de votar, ainda nesta noite, o projeto que reduz benefícios tributários e eleva a taxação de bets e fintechs.

— Ele disse que tinha saído da reunião ministerial para falar comigo e ia voltar. Ele fez um acordo: deixar votar a dosimetria e votar o projeto da desoneração tributária. Está querendo votar para fechar as contas e negociou com a votação da dosimetria — acrescentou o senador.

Calheiros apontou, ainda, que a manobra reduziu o prazo de vista ao texto em apenas quatro horas, concedido pelo presidente da CCJ, Otto Alencar (PSD-BA). Segundo o senador, a intenção de Alencar seria conceder um período de cinco dias, o que, na prática, inviabilizaria a votação ainda neste ano.

Procurado, o senador Jaques Wagner ainda não se manifestou.

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