Rio de Janeiro, 21 de Novembro de 2024

2021 e a tentativa de golpe deTrump

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Quinta, 07 de Janeiro de 2021 às 15:37, por: CdB
Igual ou pior que Bolsonaro só mesmo Trump, ainda tentando implantar nos EUA o mesmo cenário de golpe ensinado pelos americanos aos ditadores das republiquetas sul-americanas. Registrem aí — essa farsa do Trump será adotada ipsis litteris por seu imitador em 2022, caso não seja reeleito, com o agravante de provocar realmente um golpe no Brasil.
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Trump quiz dar um golpe no estilo sul-americano
ano de 2021 começa sem grandes esperanças.
A conta a pagar deixada por 2020 é pesada e vai colocar quase todo mundo no vermelho: pessoas, empresas e indústrias. Só quem investiu nas desgraças provocadas pelo vírus vai ter bom retorno.
Nesta semana, começarão em Genebra os despejos por falta de pagamento de aluguel, mesmo estando as ruas geladas e algumas ainda com a neve dos últimos dias. Na França, uma lei social impede despejos durante os meses do inverno.
No Brasil é verão, não há nenhuma lei protegendo locatário devendo aluguel e o governo cortou o auxílio emergencial, enquanto a retração de muitos setores da economia provoca uma disparada do número de desempregados.
As igrejas católicas estão mais vazias, talvez para não provocarem ajuntamentos. Porém, os evangélicos mostram igrejas cheias – espalharam o boato de nelas haver um tipo de para-raios contra o coronavírus, movido por orações e ofertas. Versão brasileira das indulgências para ir ao céu, vendidas na época da Idade Média pelo frade Johann Tetzel.
O rentável para-raios não protege e nem cura, mas, infelizmente, não há nenhum registro de quantas pessoas foram infectadas pelo vírus nesses cultos de enganação bíblica.
Em todo caso, como diz o presidente “ninguém morre antes da hora”, embora o atual desgoverno pareça ter acelerado os relógios.
Israel anuncia que até o fim de fevereiro terá controlada a pandemia com a vacinação da maioria da população e a mídia europeia destaca a importância do avanço israelense para a compreensão do controle do vírus pela vacinação.
Apontada sempre como exemplo, desta vez a Suíça fez seu mea culpa por não ter reagido à ameaça do da covid-19 em tempo (só não diz ter priorizado a economia em lugar da saúde do seu povo).
Terminando o ano com medidas severas de confinamento, a Suíça conseguiu evitar, em cima da hora, a falta de leitos nos hospitais, enquanto explodiam as contaminações.
O número de vacinados ainda é irrisório, mesmo porque não há vacinas suficientes. O resultado é serem pessimistas as previsões: só no fim deste ano de 2021 se poderá retornar à vida normal.
Diante desse pessimismo suíço, qual a previsão possível para o Brasil, onde se fala em começar a vacinação só em fins de fevereiro, enquanto setores conservadores e pastores evangélicos incitam seu rebanho, também chamado de gado, a não se vacinar?
Até onde a ignorância, a cegueira e o populismo religioso favorecerão Bolsonaro? Até 300 ou 400 mil mortos, juntos com desemprego e crise econômica?
Igual ou pior que Bolsonaro só mesmo Trump, ainda tentando implantar nos EUA o mesmo cenário de golpe ensinado pelos estadunidenses aos ditadores das republiquetas sul-americanas. Registrem aí — essa farsa do Trump será adotada ipsis litteris por seu imitador em 2022, caso não seja reeleito, com o agravante de provocar realmente um golpe no Brasil.
Porém, talvez nem precise, as sondagens lhe garantem até agora uma abençoada reeleição com culto de ação de graças na igreja pentecostal do Silas Malafaia!
A boa notícia nesta primeira semana de janeiro, é a decisão de uma juíza inglesa de não autorizar a extradição do militante Julian Assange, pedida pelos Estados Unidos de Donald Trump.
A intenção era a de destruir Assange numa prisão dos EUA, como Cesare Battisti está sendo destruído numa masmorra italiana: hoje com 49 anos, Assange poderia ser condenado a um século e meio de prisão.
E, enfim, vamos falar do vício mais praticado por todos os homens e mulheres, o vício solitário, condenado pelas religiões embora também praticado hipocritamente por líderes religiosos.
Uma associação, cofinanciada pelo governo suíço, Saúde Sexual, provocou a ira de uma deputada de extrema-direita, por considerar normal e, de certa forma, incentivar, a masturbação.
Aliás, uma pesquisa da Universidade de Berna, na capital suíça, mostrou que 94% das jovens e 98% dos jovens gostam e praticam regularmente a masturbação.
Embora considerada tabu e mesmo praticamente proibida de ser mencionada nas conversações, a prática da masturbação é tida pela associação Saúde Sexual, com base na própria Organização Mundial da Saúde, como algo normal na vida das pessoas.
Por isso, Saúde Sexual decidiu declarar guerra a esse tabu, para que seja sempre incluído nos cursos de educação sexual como algo normal, do qual não se deve ter vergonha, como geralmente ocorre com as jovens.
Tal campanha deveria também ser levada ao Brasil, onde masturbação é considerada pecado grave e punida severamente por Deus. Em síntese, para os religiosos e conservadores, todo prazer é pecado! Por Rui Martins. Publicado no Observatório da Imprensa e Naúfrago da Utopia.
Os roqueiros da época (1965) encaravam "(I can't get no) Satisfaction", a
primeira canção dos Rolling Stones a liderar as paradas dos EUA, como um
hino à masturbação. Assistam ao vídeo e constatarão: pode mesmo ser!
Direto da Redação é um fórum de debates editado pelo jornalista Rui Martins.
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