Rio de Janeiro, 23 de Abril de 2025

Operação mira quadrilha que misturava metanol em combustíveis

Polícia Federal deflagra operação contra organização criminosa que misturava metanol em combustíveis, comprometendo a segurança dos consumidores.

Terça, 15 de Abril de 2025 às 13:52, por: CdB

O objetivo é combater uma organização criminosa suspeita de utilizar álcool metílico (metanol) de forma irregular na adulteração de combustíveis fornecidos aos consumidores.

Por Redação, com ACS – de São Paulo

Na manhã desta terça-feira, Polícia Federal em São Paulo, em conjunto com o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado do Ministério Público de São Paulo (GAECO-SP), deflagrou a segunda fase da Operação Boyle.

Operação mira quadrilha que misturava metanol em combustíveis | Segunda fase da Operação Boyle mira organização criminosa envolvida em adulteração de etanol e gasolina, lavagem de dinheiro e corrupção de agentes públicos
Segunda fase da Operação Boyle mira organização criminosa envolvida em adulteração de etanol e gasolina, lavagem de dinheiro e corrupção de agentes públicos

O objetivo é combater uma organização criminosa suspeita de utilizar álcool metílico (metanol) de forma irregular na adulteração de combustíveis fornecidos aos consumidores. Nesta fase, foram cumpridos cinco mandados de prisão preventiva.

A primeira fase da operação ocorreu em fevereiro de 2024, com o cumprimento de 15 mandados de busca e apreensão nas cidades de São Paulo, Santo André, Poá, Arujá e Bertioga.

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As investigações identificaram organizações criminosas atuantes no setor de combustíveis, especialmente por meio da adulteração de etanol e gasolina com metanol, prática que inclui também a constituição de empresas de fachada para lavagem de dinheiro e a corrupção de agentes públicos visando à manutenção do esquema criminoso.

Grupos investigados

No início de abril deste ano, o GAECO ofereceu duas denúncias contra um dos grupos investigados, composto por 16 pessoas, pelos crimes de organização criminosa e lavagem de dinheiro, além de requerer a fixação de valor mínimo para reparação de dano moral coletivo.

Em 9/4/2025, o Poder Judiciário recebeu as denúncias e deferiu diversas medidas cautelares, entre elas:

Alienação antecipada dos bens sequestrados;

Sequestro de bens e valores de pessoas físicas e jurídicas;

Suspensão das atividades econômicas de postos de combustíveis envolvidos e empresas utilizadas para ocultação de patrimônio;

Prisão preventiva de seis réus, incluindo os líderes do grupo;

Medidas cautelares diversas da prisão para outros dez denunciados.

Na ação desta terça-feira, foram cumpridos cinco dos seis mandados de prisão preventiva. Um dos réus não foi localizado e é considerado foragido da Justiça.

Crime de tráfico internacional de arma de fogo

A Polícia Federal deflagrou nesta terça-feira, a Operação Projétil, em repressão ao tráfico internacional e comercialização de projéteis de fuzil, pólvoras e demais acessórios de munições de origem estrangeira. Foram cumpridos sete mandados de busca e apreensão nas nas cidades de Xanxerê/SC, Riqueza-SC, São Miguel do Oeste-SC e Guaraciaba-SC, Porto Alegre-RS, Xangri-lá-RS e São Campos Novos Paulista-SP.

Através de investigações, a PF descobriu que os materiais eram introduzidos no Brasil pela fronteira com a Argentina, nos municípios de Dionísio Cerqueira-SC e Barracão-PR. As diligências tiveram início em julho de 2024, quando constatou-se que os projéteis de fuzil introduzidos clandestinamente no território nacional eram enviados para diversos locais do país, pelos Correios, transportadoras ou caminhoneiros.

Com a ação desta terça-feira, foi realizada a prisão em flagrante delito de um dos envolvidos e a apreensão de 300 munições de fuzil, 447 projéteis de fuzil, celulares e computadores.

As investigações continuarão e os envolvidos poderão ser indiciados pelos crimes de tráfico internacional de arma de fogo e comércio ilegal de arma de fogo.

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