Rio de Janeiro, 20 de Janeiro de 2025

USP desenvolve vacina anticovid em spray e Anvisa avalia

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Terça, 02 de Novembro de 2021 às 08:00, por: CdB

A administração nasal da vacina se deve ao fato de a aplicação ser realizada na mesma região onde ocorre a entrada do vírus no corpo humano. A imunoglobulina A (IgA) é responsável pela defesa contra o coronavírus.

Por Redação, com BdF - de São Paulo
A Universidade de São Paulo (USP) desenvolveu uma vacina para covid-19 em spray, apresentou a proposta à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e aguarda autorização para início de estudos em humanos. O imunizante desenvolvido pelo Instituto do Coração (InCor) do Hospital das Clínicas (HC) da Faculdade de Medicina (FMUSP) da USP tem como objetivo ser mais uma ferramenta de combate ao novo coronavírus.
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A versão em spray uma forma mais eficaz na criação de defesa contra a doença, como para o impedimento da infecção
“Nós estudamos em detalhes a resposta imune de 220 convalescentes que haviam tido a doença, que se recuperaram, e aí nós pensamos em um peptídeo, estudando bem o vírus, que contemplasse uma resposta muito forte de anticorpo que neutralize o vírus, mas também desse uma boa resposta celular”, contou, em entrevista ao Jornal da USP, Jorge Kalil Filho, professor de Imunologia Clínica e Alergia da FMUSP, diretor do Laboratório de Imunologia do InCor e coordenador da pesquisa de desenvolvimento da vacina.

Defesa

Kalil explica que a administração nasal da vacina foi por causa da aplicação ser realizada na mesma região onde ocorre a entrada do vírus no corpo humano. A imunoglobulina A (IgA) é responsável pela defesa contra o coronavírus. O intuito é estimular essas células do sistema imunológico localizadas na mucosa nasal, de forma a criar um maior número de anticorpos. Segundo o professor, as vacinas intramusculares produzem uma quantidade menor de anticorpos, sendo a versão em spray uma forma mais eficaz na criação de defesa contra a doença, como para o impedimento da infecção. O imunizante apresentou em seus testes iniciais grande resposta imunológica quando aplicada. Atualmente, foi solicitado à Anvisa a autorização para iniciar o teste clínico em pessoas.  Os testes pretendem entender qual é a forma mais eficiente do funcionamento da vacina nos voluntários. O estudo irá testar questões relacionadas ao número de doses, quantidade de imunizante e como este reage em diferentes organismos.

Vacina própria

A ButanVac, outra candidata à vacina contra a covid sendo desenvolvida pelo estado de São Paulo, teve sua eficácia comprovada contra as variantes alfa, beta e gama durante estudos pré-clínicos, de acordo com resultados publicados recentemente na revista científica "Nature Communications". Nesta fase dos estudos, os testes foram realizados em cobaias e costumam anteceder a fase de aplicação em humanos. Apesar disso, os desenvolvedores já divulgaram uma prévia de resultados da fase 1, com voluntários, que indicam que a ButanVac é segura e gera resposta imunológica em pacientes. De acordo com a revista Nature, a vacina em desenvolvimento no Instituto Butantan utiliza o vírus inativados para administração intramuscular, por meio de injeção.
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