Rio de Janeiro, 21 de Dezembro de 2024

Ucrânia determina banho de sangue e tropas russas avançam

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Sábado, 26 de Fevereiro de 2022 às 11:24, por: CdB

Na véspera, a Rússia lançou a ofensiva militar na Ucrânia, com forças terrestres e bombardeio de alvos militares em várias cidades, que já deixaram mais de 120 mortos, incluindo civis, e centenas de feridos, em território ucraniano, segundo Kiev. A ONU citou 100 mil deslocados no primeiro dia de combates.

Por Redação, com agências internacionais - de Kiev
Presidente da Ucrânia, o ex-comediante Volodymyr Zelensky determinou que todos os homens entre 13 e 60 anos, a maioria sem armamento suficiente para enfrentar o avanço das tropas russas, resistam à tomada da capital Kiev, neste sábado. Em vídeo publicado em suas redes sociais, Zelensky acredita que armas e equipamentos serão enviados por países amigos ao país, nas próximas horas. A decisão ucraniana significa um possível banho de sangue na região.
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Porta-voz do Kremlin, Medvedev (D) cumpre as determinações do presidente Vladimir Putin (E)
Alvos militares nos arredores da capital foram bombardeadas nesta madrugada. As forças ucranianas têm mostrado certa resistência às tropas russas. Previa-se uma noite difícil em Kiev e temia-se que as tropas russas entrassem no centro da cidade e tomassem os principais centros da capital, mas isso não ocorreu em face da ordem de Moscou para que as atividades bélicas cessassem, diante um pedido ucraniano para a negociação de um cessar-fogo.

Desnazificação

Na véspera, a Rússia lançou a ofensiva militar na Ucrânia, com forças terrestres e bombardeio de alvos militares em várias cidades, que já deixaram mais de 120 mortos, incluindo civis, e centenas de feridos, em território ucraniano, segundo Kiev. A ONU citou 100 mil deslocados no primeiro dia de combates. O presidente russo, Vladimir Putin, disse que a "operação militar especial" na Ucrânia visa "desmilitarizar e desnazificar" o seu vizinho e que era a única maneira de o país se defender, acrescentando que a ofensiva durará o tempo necessário, dependendo de "resultados" e "relevância". O ataque foi condenado pela comunidade internacional e motivou reuniões de emergência de vários governos, além da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), União Europeia (UE) e Conselho de Segurança da ONU. Sanções em massa foram aprovadas contra a Rússia.

Negociações

Ainda neste sábado, o porta-voz presidencial russo afirmou que, apesar de Vladimir Putin ter parado o avanço das tropas envolvidas na operação especial na Ucrânia, a proposta de negociações foi rejeitada. — Devido às esperadas negociações com a liderança ucraniana, o comandante-em-chefe e presidente da Rússia deu uma ordem para parar o avanço das principais forças russas. No entanto, os combates continuaram em vários lugares, houve confrontos com grupos móveis de nacionalistas e banderistas (em referência a Stepan Bandera, colaboracionista nazi-ucraniano durante a Segunda Guerra Mundial), que usavam veículos leves e caminhões, nos quais instalaram armas, à semelhança dos jihad-mobiles, só que agora eles são chamados de bandera-mobiles — acrescentou o porta-voz. Ante a recusa de negociações, indicou, a Rússia retomou as operações militares. — Devido ao lado ucraniano basicamente rejeitar as negociações, neste sábado, foi retomado o avanço das forças russas, em conformidade com o plano de realização da operação — anunciou.

SWIFT

Segundo o governo russo, as operações na Ucrânia têm como objetivo desmilitarizar o país e combater a presença de neonazistas, garantindo a segurança da região de Donbass e da Rússia. Após o começo da operação em Donbass, os países ocidentais têm anunciado rodadas de sanções todos os dias, incluindo contra empresários e bancos russos, e até contra Putin e Sergei Lavrov, ministro das Relações Exteriores da Rússia. Além disso, tem sido discutida a desconexão russa do sistema de pagamentos internacional SWIFT, apesar da falta de consenso sobre essa questão.
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