A paralisação ocorre em protesto contra os projetos do governo do Estado, chefiado por Tarcísio de Freitas (Republicanos), para a privatização da Sabesp, da Fundação Casa, e de linhas da Companhia do Metropolitano de São Paulo (Metrô) e da Companhia Paulista de Transporte Metropolitano (CPTM).
Por Redação, com Brasil de Fato - de São Paulo
Metroviários, ferroviários, professores da rede estadual pública, trabalhadores da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) e parte do funcionalismo público paulista, como os funcionários da Fundação Casa iniciaram greve unificada, por 24 horas, a partir do primeiro minuto desta terça-feira. Essa é a terceira greve com paralisação do sistema de transporte público realizada neste ano.
A paralisação ocorre em protesto contra os projetos do governo do Estado, chefiado por Tarcísio de Freitas (Republicanos), para a privatização da Sabesp, da Fundação Casa, e de linhas da Companhia do Metropolitano de São Paulo (Metrô) e da Companhia Paulista de Transporte Metropolitano (CPTM). Os professores também reivindicam que o governo recue da proposta de cortar cerca de R$ 10 bilhões da verba orçamentária anual destinada à educação no Estado.
Os trens circulam em trecho reduzido e linhas do metrô funcionam parcialmente nesta terça. No Metrô, Linha 15-Prata está parada; 1-Azul, 2 -Verde e 3-Vermelha têm operação parcial; 4 e 5 operam integralmente. Na CPTM, Linha-10 Turquesa está parada; 7-Rubi e11-Coral têm operação parcial; 12-Safira e 13-Jade, operam integralmente.
Além da paralisação, as categorias envolvidas na mobilização organizam manifestação, que acontece a partir das 13h, junto à Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp).
Sem catraca livre e ponto facultativo
O governador de São Paulo negou proposta feita por representantes dos trabalhadores do sistema público de transporte para não realizar a cobrança de tarifas nesta terça.
Em nota, Tarcísio alegou que há questões orçamentárias e de segurança para o veto à proposta. Ele também afirmou que acionou o Judiciário para tentar obrigar os trabalhadores do Metrô e da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) a ocuparem seus postos.
A proposta de catraca livre não é novidade em momentos de mobilização dos trabalhadores do transporte público em São Paulo. Em março, o próprio Tarcísio chegou a publicar em redes sociais a autorização para que o sistema funcionasse sem a cobrança de bilhetes, mas depois recuou.
O governo de São Paulo também determinou ponto facultativo em serviços públicos da capital do Estado nesta terça. Será válido apenas para os serviços estaduais na capital, não valendo para outras cidades. O governo garante que os serviços de segurança pública não terão alterações, assim como os restaurantes populares da rede Bom Prato. Além disso, a prefeitura anunciou que o rodízio de carros está suspenso na cidade de São Paulo.
Metrô, trens e Sabesp
A Justiça do Trabalho determinou que os trabalhadores do Metrô devem manter 80% do efetivo em atividade no horário de pico (das 6h às 9h e das 16h às 19h) e 60% nos demais períodos durante a greve. Foi estipulada um multa diária de R$ 700 mil em caso de descumprimento.
Já a Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) deverá operar com 85% do efetivo nos horários de pico (4h às 10h e 16h às 21h), além de 60% nos demais intervalos, sob pena de multa diária de R$ 600 mil.
Já a Sabesp deverá manter disponíveis 70% do contingente ligado à prestação de serviços essenciais de saneamento básico, tratamento e abastecimento de água, bem como esgoto, com multa diária de R$ 30 mil em caso de descumprimento.