Putin, que autorizou o estacionamento de armas nucleares táticas no território bielorrusso como um impedimento para o avanço da Otan, disse que os dois países assinarão um acordo sobre garantias de segurança.

O órgão polonês seria ainda responsável pela criação secreta de unidades de combate, uma prática que contradiz categoricamente todas as normas internacionais.

Khrenin afirmou que "dada a presença de formações armadas ucranianas nas áreas de fronteira, há uma alta probabilidade de preparação e execução de provocações.

No início da semana, o serviço de fronteira disse que materiais para uma bomba caseira haviam sido encontrados escondidos na mesma área e que estava ciente de que uma unidade de combatentes russos pró-ucranianos estava presente em uma região ucraniana na fronteira com Belarus.

Em teoria, o uso de uma arma desse tipo poderia causar um choque impressionante no Ocidente sem necessariamente provocar uma guerra nuclear completa, embora o risco de desencadear um ciclo de escalada fosse enorme.

A Polônia acompanha com preocupação os exercícios militares de Belarus, reforçados pela presença de mercenários do grupo russo Wagner, que foram embora de Moscou após o fracassado motim.

Moscou reagirá a qualquer agressão contra Belarus, que forma uma "União de Estado" livre com a Rússia, "com todos os meios à nossa disposição", disse Putin em uma reunião de seu Conselho de Segurança em comentários televisionados.

O motim do Wagner, durante o qual o grupo assumiu o controle de um importante quartel-general militar no sul da Rússia e depois marchou em direção a Moscou, poderia ter levado a Rússia a uma guerra civil, segundo o presidente Vladimir Putin.

A mobilização é o primeiro movimento de Moscou de tais ogivas, armas nucleares menos potentes de curto alcance que poderiam ser usadas no campo de batalha,fora da Rússia desde a queda da União Soviética.

O ministro da Defesa da Rússia, Sergey Shoigu, disse que as medidas adotadas “cumprem todas as obrigações legais internacionais existentes”. Segundo ele, o Ocidente está travando uma “guerra não declarada contra Rússia e Belarus”.

Em 2021, oposicionista Roman Protasevich foi detido pelo regime de Alexander Lukashenko após o voo no qual viajava ser forçado a pousar em Minsk, em episódio que provocou escândalo na Europa.

Não só para a Rússia são deportados menores das áreas ucranianas ocupadas por Moscou. Minsk estaria igualmente os transportando para suposto "descanso" em seu território, denuncia oposicionista belarusso.

A Ucrânia tem liderado um apelo para banir atletas russos e bielorrussos dos Jogos Olímpicos de Paris depois que o Comitê Olímpico Internacional (COI) disse em janeiro que está aberto a incluí-los como neutros.

A Polônia disse na quinta, citando preocupações de segurança, que fecharia uma importante passagem de fronteira para Belarus em Bobrowniki, a partir das 12h de sexta-feira, piorando as relações já hostis entre os dois países.