Os trabalhadores pedem reajuste real de 6,37%. Além disso, querem que o acordo coletivo mantenha a estabilidade dos empregados lesionados e que a terceirização permaneça restrita à fábrica.
Por Redação, com ABr - de São Paulo
Funcionários da Embraer entraram nesta quarta-feira em greve. Segundo o Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos, eles reivindicam aumento real e manutenção de todos os direitos previstos na convenção coletiva de trabalho.
Os empregados rejeitaram, em assembleia, a reposição da inflação do último ano em um percentual de 3,28% oferecido em negociação com a Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp).
Os trabalhadores pedem reajuste real de 6,37%. Além disso, querem que o acordo coletivo mantenha a estabilidade dos empregados lesionados e que a terceirização permaneça restrita à fábrica.
Adesão
A Embraer informou, por nota, que a maior parte dos funcionários não aderiu à greve. Segundo a empresa, “todas as áreas produtivas e administrativas da unidade estão operando com cerca de 80% de suas equipes”.
O comunicado diz ainda que a Polícia Militar foi chamada para desfazer o bloqueio que havia sido feito por parte dos trabalhadores para impedir o acesso de funcionários e veículos à fábrica.
Ainda segundo a empresa, as outras duas unidades da Embraer em São José dos Campos e as fábricas de Botucatu, Campinas, Gavião Peixoto, Sorocaba e Taubaté estão funcionando normalmente.
A companhia disse que respeita o direito de manifestação dos trabalhadores, mas condenou os bloqueios feitos na empresa.
“A empresa reprova veementemente e lamenta os fatos como o de hoje que visam cercear o direito constitucional de ir e vir dos empregados ao criar obstáculos para acesso ao local de trabalho”, diz a nota.