Vendas de notebooks, computadores e equipamentos crescem mesmo com pandemia, impulsionadas pelo home office
Imagem / Divulgação
A pandemia do coronavírus, revolucionou nossa sociedade como um todo. E engana-se quem pensa que apenas as máscaras cirúrgicas e os frascos de álcool em gel se tornaram produtos cobiçados pelos consumidores. É que de acordo com um estudo da consultoria americana NPD, especializada em análise de hábitos de consumo no varejo on-line, revela que a procura por produtos de informática e escritório dispararam no justamente em março, quando foram implantadas as políticas de distanciamento para combater o coronavírus em todo o mundo.
Setor de tecnologia cresce na pandemia
Devido a continuidade da pandemia, muitas empresas continuaram a utilizar o modelo de home office, modalidade de trabalho disseminada no mundo todo, o que antes era opção virou obrigatoriedade. dessa forma, a demanda por produtos específicos para o trabalho e o estudo remotos se intensificou. Entre eles, notebooks, modem/roteador para expandir a internet, nobreaks para evitar danos aos aparelhos e minimizar os riscos de perda de dados, descansos para mãos, fones de ouvido, suportes, impressoras e tudo mais para o desenvolvimento dos trabalhos. Com toda essa transformação da sociedade produtiva, dados da consultoria IDC Brasil, líder no mercado de pesquisas em tecnologia da informação, já apontam que o número de computadores vendidos no Brasil no 1° trimestre de 2020 foi de 1,47 milhão de unidades, número 16% acima do visto no mesmo período do ano de 2019.A preocupação das pessoas em adaptar o ambiente também cresceu. Assim, o e-commerce vendeu 142% mais cadeiras de escritório, além de ter uma alta de 125% na compra de escrivaninhas.
Empresas de aplicativos também cresceram
Empresas grandes de redes sociais e aplicativos do mercado de tecnologia continuaram a crescer mesmo durante a pandemia do novo coronavírus. O Facebook por exemplo dobrou (98%) o lucro líquido no trimestre anualizado, chegando a 5,1 bilhões de dólares, mesmo tendo sofrido boicotes de anunciantes que queriam pressionar a companhia a tomar providências contra publicações que contêm ofensas e discurso de ódio. O tik tok também foi uma rede que viu seu crescimento turbinar em países como o Brasil por exemplo.
Setor de games também obteve melhoria
Como informa a 5ª edição do relatório Neotrust, as categoria de entretenimento (a qual os games estão incluídos) e informática tiveram grande destaque no terceiro trimestre do e-commerce neste ano, tanto em volume de venda quanto em faturamento. Juntas, as categorias representaram mais de 16% das vendas e mais de 21% do faturamento do varejo online brasileiro no período. A compra de videogames também cresceu bastante, cerca de 412%. Outro fator interessante é que quem está confinado em casa também quer uma televisão nova para passar o tempo em melhor definição. De acordo com o levantamento, as vendas de TVs LCd e smart subiram 248% no período.Nos últimos meses, conglomerados da tecnologia como o Google, Amazon e Apple lançaram novas plataformas e aplicaram bilhões no mercado gamer, de olho na mudança estrutural do que o consumidor procura para passar o tempo, uma vez que os jogos são acessíveis e apresentam bom custo benefício. O aumento da procura por jogos foi algo para os desenvolvedores ficarem felizes. Segundo pesquisa do site SuperData, só em março de 2020, o faturamento de jogos digitais no mundo atingiu 10 bilhões de dólares em vendas, um crescimento de 64% referente ao mês anterior.No Brasil, o setor também está aquecido, com um dos acontecimentos importantes que levaram a atenção às indústrias de games brasileiras foi a Wildlife Studios, desenvolvedora de jogos, alcançar o status de empresa unicórnio, superando o valor de mercado de US$ 1 bilhão após um investimento de US$ 60 milhões em dezembro de 2019. Para 2021, mesmo com a alta do dólar o mercado de tecnologia continua em alta e otimista mesmo com a alta do dólar.